Marina
Dutra e Thaís Betat
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abertas
Grande
parte das obras de mobilidade urbana previstas na segunda etapa do Programa de
Aceleração do Crescimento (PAC 2) só deve ser entregue na terceira etapa do
programa que, como já anunciado pelo governo, será voltada para investimentos
no setor. Dos 253 empreendimentos previstos para o período 2011 a 2014 apenas
26% saíram do papel, ou seja, estão em obras, em operação ou já foram
concluídos.
De acordo
com o 9º Balanço do PAC 2, apenas quatro empreendimentos foram concluídos, as
obras de modernização do sistema de trens metropolitanos no trecho Calçada/
Paripe em Salvador (BA) e no trecho João Felipe/ Caucácia em Fortaleza (CE),
Boulevard Arrudas/ Tereza Cristina em Belo Horizonte (MG) e construção do
aeromóvel em Porto Alegre (RS).
O
Ministério das Cidades, responsável pelo andamento das obras, afirmou
que complexidade dos empreendimentos, o tempo de elaboração dos
projetos de engenharia e o cronograma de execução das obras são fatores
relevantes para a demora na execução das obras e na liberação de recursos.
“A
liberação dos recursos para intervenções de mobilidade urbana é realizada
conforme a execução da obra, de acordo com o cronograma físico-financeiro
aprovado no momento da contratação. Os empreendimentos possuem períodos de
execução superior a 36 meses e os projetos demandam estudos aprofundados”,
completa o órgão.
Sessenta
ações estão em obras e uma em operação (implantação completa do trecho Carlito
Benevides a Chico da Silva, na Linha Sul do metrô de Fortaleza). Um
empreendimento está em licitação de projeto, 18 em licitação de obra e a
maioria (169) ainda encontra-se em ação preparatória.
Dos
quatro empreendimentos considerados “emblemáticos” (termo que faz referência
aos principais empreendimentos do ponto de vista da materialidade, relevância
ou impacto), apenas um foi concluído, o Aeromóvel de Porto Alegre (RS).
Os
empreendimentos classificados como emblemáticos e não concluídos são os trens
urbanos de São Leopoldo a Novo Hamburgo (RS), a Linha Sul do metrô de Recife
(PE) e a aquisição de trens elétricos de última geração para a linha.
Segundo o
Ministério, a Companhia Brasileira de Trens Urbanos (CBTU), responsável pela
linha Sul do metrô de Recife, afirmou que a linha está em plena operação e o
último trem previsto já foi entregue.
A Empresa
de Trens Urbanos de Porto Alegre S.A. (Trensurb), responsável pela operação
sistema metrô de Porto Alegre, informou que das cinco estações que compõem o
projeto de expansão São Leopoldo-Novo Hamburgo da Linha 1 da Trensurb, duas
(Rios dos Sinos e Santo Afonso) já estão em operação comercial desde julho de
2012. As outras três (Industrial, Fenac e Novo Hamburgo) foram abertas ao
público em dezembro de 2013, ainda em regime experimental, com horário
reduzido, sem cobrança de passagem.
De acordo
com o Ministério das Cidades, as principais questões que dificultam o processo
entre a seleção, a contratação e o início efetivo da execução das obras estão
associadas aos seguintes fatores: Fragilidade e falta de projetos; fluxo de
contratação; dificuldades relativas ao licenciamento ambiental e de órgãos de
preservação de patrimônio histórico; obras em áreas urbanas densamente
povoadas; grande número de desapropriações e deslocamentos involuntários; entre
outras dificuldades técnicas e institucionais dos entes públicos.
Os
investimentos do PAC em Mobilidade Urbana são destinados à construção de
metrôs, monotrilhos, aeromóveis, trens urbanos, Veículos Leves sobre Trilhos
(VLT), BRTs, corredores de ônibus e teleféricos nas principais capitais,
grandes e médias cidades brasileiras.
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