Carlos Newton
Conforme já demonstramos aqui na Tribuna da Internet, cada um desse 900 depoimentos foi presenciado por cerca de 25 pessoas. Portanto, evitar vazamentos é uma espécie de missão impossível sem Tom Cruise.
Essa possibilidade de novo vazamento tira o sono de Temer e de centenas de envolvidos em diversos tipos de ilegalidades. Não há como se desligar para as comemorações do final do ano. E haja Lexotan…
EM NOME DO PAI – Temer é de uma família católica maronita, pode rezar à vontade, mas seu destino já está traçado em nome do pai, Emilio Odebrecht, e do filho, Marcelo Odebrecht. Sabe-se que a delação do patriarca Emilio abrange mais diretamente as gestões de Fernando Henrique Cardoso e de Lula da Silva, pois o empresário se tornou amigo, interlocutor e financiador dos dois ex-presidentes, enquanto os depoimentos do herdeiro Marcelo contemplam as gestões de Lula da Silva e Dilma Rousseff, mas não há dúvida de que vai sobrar também para Michel Temer.
Delatores não podem mentir. O ex-diretor Cláudio Melo Filho deu detalhes sobre o jantar do qual participou em 2014 com seu patrão Marcelo Odebrecht, o então vice-presidente Michel Temer e o deputado Eliseu Padilha, descreveu até os móveis do Palácio Jaburu. É claro que, em seus depoimentos, Marcelo Odebrecht confirmou a doação ilegal pedida por Temer, que teria sido feita em dinheiro vivo.
NOVO IMPEACHMENT? – Conforme o jurista Jorge Béja já revelou aqui na TI, existiria até possibilidade jurídica de ser pedido o impeachment de Temer, mas seria inútil, porque a ampla maioria da base aliada não aprovaria.
O pior disso tudo é o desgaste da imagem de Temer, que vem ocorrendo de forma firme e progressiva. No Planalto, já se fala até em reforma ministerial, que é uma necessidade imperiosa. Para sair do viés de baixa nas pesquisas de apoio e popularidade, Temer precisa se livrar de Eliseu Padilha, que está completamente desmoralizado, e de outros ministros incompetentes ou enlameados, digamos assim.
No caso de Padilha, além de citações na Lava Jato, há duas semanas o ministro teve bens bloqueados em processo por grilagem de terras públicas e devastação de reserva ambiental, com agravante de exploração de trabalho semiescravo. Sua situação, portanto, é insustentável.
EXTRAÍDADETRIBUNADAINTERNET
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