Deu na Folha
Apesar de o governo estar finalizando a negociação para emplacar o PMDB em sete ministérios, um terço dos 66 deputados federais da legenda figura em manifesto que condena a “barganha por cargos” e aponta Dilma Rousseff como responsável por conduzir o país de forma “errática” e “desacreditada”.
O documento foi distribuído em entrevista coletiva da qual participaram cinco deputados dos 22 cujas assinaturas aparecem no texto.
Entre os que subscrevem está o deputado Baleia Rossi (SP), ligado ao vice-presidente da República, Michel Temer, presidente do partido.
O grupo disse que entregará o texto a Temer e deixou claro que não tem compromisso com os interesses de Dilma no Congresso – entre eles o da manutenção de seu veto ao reajuste dos servidores do Judiciário, cujo impacto até 2019 é de R$ 36 bilhões.
“O governo, sem apontar um caminho claro, rende-se a um jogo pautado pela pressão por cargos, num leilão sem qualquer respaldo em projetos ou propostas. (…) Nosso posicionamento em plenário não dependerá desse tipo de barganha por cargos”, diz o texto.
Um dos que falou na entrevista, o deputado Darcísio Perondi (RS) afirmou que a sociedade exige um novo PMDB e ética na política.
Questionado sobre como o grupo se posiciona em relação à afirmação do Ministério Público Federal de que o presidente da Câmara, o também peemedebista Eduardo Cunha (RJ), mantém contas secretas na Suíça, o deputado Lúcio Vieira Lima (BA) adotou tom diferente: afirmou que é preciso esperar a conclusão das investigações.
“Na hora em que ficar comprovada qualquer culpa do deputado Eduardo Cunha, pode ter certeza que saberemos nos manifestar.”
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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG – Não são apenas 22 deputados do PMDB que estão contra Dilma. Muito outros não quiseram assinar, mas também não tem a mínima intenção de apoiá-la. Na mesma situação está um terço da base aliada, o que significa que o governo não tem mais maioria na Câmara. (C.N.)
extraídadatribunadainternet
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