Jornalista Andrade Junior

segunda-feira, 22 de maio de 2017

Muitos nomes para nenhum caráter

Valentina de Botas:

Oportuníssimo para lembrar que, nos dias incertos que vivemos em que tantas consciências dançam conforme quem toca a música, a lucidez e a paixão pela verdade sempre nortearam esta coluna que foi uma das primeiras e solitárias vozes a denunciar que Dilma Rousseff, tenha o codinome que tiver – de “Wanda” a “presidenta”, de “companheira de armas” a “mulher honrada”  – é uma fraude das mais evidentes e cruéis que já floresceram por aqui. Somente os adversários da verdade negavam isso, ainda que por razões próprias, pois todos sempre as têm.
Com oito anos, completados em injusto silêncio no mês passado, a coluna resiste a deformações do tempo e institucionais porque manteve íntegra não somente a lucidez e a paixão que já mencionei, mas também, esta espécie de fonte Gaia. Desde o começo do século 15, ela jorra no topo da Piazza del Campo, na deslumbrante Siena. A lenda diz que o nome se deve ao contentamento dos habitantes que viram a água, viajante por canais subterrâneos, manar ali pela primeira vez. Gaio, em italiano, é alegria.

Sem a alegria de ser o que é e o que faz, a coluna – como tudo na vida talvez – não persistiria e hoje não veríamos o colunista radiografar a guerrilheira para confirmar o que a radiografia do longínquo 2009 escancarava:  Luiza, Iolanda, Wanda, Janete ou Dilma são apenas muitos nomes para nenhum caráter.

























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