Valentina de Botas:
Com oito anos, completados em injusto silêncio no mês passado, a coluna resiste a deformações do tempo e institucionais porque manteve íntegra não somente a lucidez e a paixão que já mencionei, mas também, esta espécie de fonte Gaia. Desde o começo do século 15, ela jorra no topo da Piazza del Campo, na deslumbrante Siena. A lenda diz que o nome se deve ao contentamento dos habitantes que viram a água, viajante por canais subterrâneos, manar ali pela primeira vez. Gaio, em italiano, é alegria.
Sem a alegria de ser o que é e o que faz, a coluna – como tudo na vida talvez – não persistiria e hoje não veríamos o colunista radiografar a guerrilheira para confirmar o que a radiografia do longínquo 2009 escancarava: Luiza, Iolanda, Wanda, Janete ou Dilma são apenas muitos nomes para nenhum caráter.
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