Jornalista Andrade Junior

segunda-feira, 1 de agosto de 2016

RIDÍCULOS SOMOS NÓS

por Genaro Faria.

É difícil entrar sob a pele de próximo, mesmo com a melhor das intenções, sem nos despirmos de nossa própria pele. Como poderá um adulto, por exemplo, que nem consegue voltar a ser a criança que um dia foi, entrar sob a pele de outra criança que ele nunca foi?
No entanto, muito mais do que o nosso intelecto superior, esse exercício é que nos torna humanos. É ele que nos confere a dignidade da criação à imagem e semelhança do Criador. Um privilégio que há muitos anos vem sendo, impiedosamente, excluído da nossa herança divina.
Como nos defendermos desses assaltantes de nossa alma? Que nos espreitam há milênios?
A cada um, seu quinhão. A parte que me coube, humilde e antipática, foi o dom da ironia. Mas também é aquela que exige o menor sacrifício para desicumbir-nos do dever de prestar uma colaboração a serviço do bem.
Ironizar é jogar no mesmo campo do adversário. E nisso eu me julgo um privilegiado. Sinto que o campo é inclinado e, no sorteio, meu time joga a montante. Nada pode ser mais fácil do que meter bola no gol do adversário. Que só pode chutar a bola pro mato porque o jogo vale ponto no campeonato.
Ridicularizar um comunista é quase covardia. É como empurrar um bêbado ladeira abaixo. Como foi que os comunistas nos aplicaram uma goleada e nos empurraram ladeira acima? O que poderia ser mais surpreendente, tão irracional?
A política, é claro. Que está varrendo para a sarjeta seus profissionais, dos quais os comunistas se tornaram cúmplices na arte de nos enganar. Mas não deixaram de brigar na hora de diviir o butim.
Ridículos? Não. Como disse Fernando Pessoa: "Toda carta de amor é ridícula. Mas ridículo mesmo sou eu, que não recebo nenhuma carta de amor".
Nós é que somos carentes de quem nos represente. Ridículos somos nós.













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