EDITORIAL ZERO HORA
Mais adequado do que retroagir ao vício da memória inflacionária seria partir do orçamento base zero, como fazem as empresas mais eficientes, sem levar em conta a chamada base histórica, que são as receitas, custos, despesas e investimentos de exercícios anteriores. Está mais do que na hora de se adotar modelo semelhante para a gestão pública, evidentemente sem desconsiderar peculiaridades específicas das administrações estatais.
Difícil é convencer o Congresso a enfrentar resistências de sindicatos e servidores para aprovar qualquer medida restritiva ao sempre crescente aumento das despesas públicas. Já na renegociação da dívida dos Estados, o governo tentou colocar como contrapartida não o teto de gastos, mas também um veto por dois anos a qualquer reajuste para os servidores. Teve que recuar em relação à proibição de reajustes. Ficou o teto, embora continue sendo questionado por corporações poderosas, justamente aquelas que reúnem servidores melhor remunerados.
O ministro da Fazenda defende que a PEC do teto tenha validade por um período suficientemente longo, que dê confiança à sociedade de que as despesas públicas serão controladas, permitindo que o país volte a crescer. Esse prazo, que o próprio ministro estima em duas décadas, poderia ser reduzido se os administradores públicos adotassem programas de gestão eficiente, com planejamento rigoroso e execução concentrada nas prioridades da população — e não prioritariamente nos interesses dos integrantes da própria máquina administrativa.
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