por Carlos Heitor Cony Folha de São Paulo
Já ultrapassamos a metade do ano de 2015 e parte do segundo mandato de
Dona Dilma. Não se precisa de esforço algum para saber como vão as
coisas. Basta uma leitura dos jornais, ouvir os noticiários da TV e
acompanhar esporadicamente os debates do Senado e da Câmara.
Tirante o noticiário miúdo (crimes, futebol, balas perdidas etc.),
predominam os problemas da seara institucional, política e policial,
este último por conta da corrupção instaurada sob o patriótico esforço
do PT, cujos chefes principais estão na cadeia ou a caminho dela.
Houve época, em quase todos os governos anteriores, que o balanço
publicado pelos meios de comunicação era mais ameno e até mesmo
positivo: construção de Brasília, abertura de estradas, novas
indústrias, como a naval e a automobilística, Plano Real, tranquilidade
institucional e otimismo.
Agora, a questão dominante é o impeachment de Dona Dilma, a debacle
econômica e financeira, o desemprego nas empresas privadas e a inflação
crescente. Não é caso ainda para o desespero, mas a crise agravará não
apenas o bolso dos brasileiros, mas a normalidade do país.
Temos a possibilidade do impeachment. As perspectivas são as mais sinistras, venha ou não venha o impedimento da presidente.
Os planos de salvação nacional prometidos pelo governo dependem de
aprovação do Congresso, onde há apetites por cargos, missões e negócios
que constituem a pedra angular da corrupção. Milhares de políticos estão
ansiosos, na boca de espera, aguardando a compensação que pagará o
apoio que Dona Dilma precisa e espera.
Inclusive, à formidável pizza que está sendo preparada para impedir que o
Poder Judiciário e a Polícia Federal continuem as investigações que
podem chegar a Lula e a outros sobas do PT.
extraídaderota2014blogspot
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