Jornalista Andrade Junior

quinta-feira, 25 de setembro de 2014

General contesta Ministro da Defesa e diz que “não haverá pedido de desculpas por período militar”

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Informações de que o Ministro da Defesa do governo petista, Celso Amorim, encaminhou à Comissão da Verdade, oficio reconhecendo prática de torturas por parte dos militares durante a ditadura provocou irritação no meio militar.
Em editoral desta terça-feira (23) O GLOBO disse que a notícia não parece ter caído muito bem entre os militares da ativa e acabou criando um mal estar entre Ministério da Defesa e Forças Armadas.
Por outro lado, militares da reserva já se pronunciaram sobre o assunto. Um deles é o general da reserva Augusto Heleno, que disse que os militares não admitirão a afirmação de que houve violação aos direitos humanos durante o período militar. O general também questionou se “eles”, se referindo às guerrilhas, das quais muitos dos políticos que estão no poder atualmente fizeram parte, inclusive os que estão por trás da “Comissão da Verdade”- “vão pedir desculpas pelos inocentes que eles mataram?”
Pelo que li do ofício, em nenhum momento as Forças Armadas reconhecem a tortura. O reconhecimento aconteceu por parte do Ministério da Defesa. Esta história de querer que as Forças Armadas peçam desculpa… é lógico que ninguém vai aceitar isso aí. Não tem sentido essa orquestração. Eles vão pedir desculpas pelos inocentes que eles mataram? Anistia é esquecimento. A partir dali, começa vida nova. Não adianta resolver o passado só com um lado da história. Tudo isso é esquecido para transformar as Forças Armadas em vilã.
Ainda, conforme O GLOBO, o general não poupou críticas à Comissão da Verdade e até mesmo à indenizações pagas à pessoas ditas vítimas do regime militar:
O governo já pagou polpudas indenizações pelo fato de ter reconhecido que o Estado brasileiro teria desrespeitado os direitos humanos. Algumas delas, estapafúrdias. Mas já estão pagas. Esta comissão não tem nenhuma credibilidade, pois só trabalha para um lado. Eles querem transformar guerrilheiros, assaltantes e assassinos em bonzinhos. Estão querendo fazer uma nova caça às bruxas
Outro militar que se posicionou, citado pela matéria, foi o editor de opinião do Clube Militar do Rio, general da reserva Clovis Purper Bandeira, que disse não ser necessário nenhum pedido de desculpas, já que o pagamento de indenizações pelo governo brasileiro já teria se encarregado disso, o militar também cobrou a investigações sobre crimes e assassinatos cometidos contra os militares:
O reconhecimento já aconteceu por meio das indenizações milionárias. Falta investigar casos de militares que morreram como vítimas em explosões de carro.

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