APÓIO AÉCIO NEVES PRESIDENTE 45
Quando
ficar claro que Marina não é uma alternativa, mas um aprofundamento das
políticas que vêm sendo implementadas há anos no país, será tarde
demais.
Minhas críticas aqueles que têm declarado seu voto à Marina Silva não é por sua escolha eleitoral, especificamente. O que mais me incomoda é que essa escolha tem se mostrado absolutamente irracional, unicamente baseada nas impressões que a figura de Marina transmite.
Sem
nenhum problema, eu poderia respeitar o voto baseado na ideologia da
candidata do PSB. Consideraria absolutamente normal, mesmo não
concordando, que alguém votasse nela, por causa de seu ódio ao
agronegócio, sua visão socialista radical e até por sua ideia de
democracia participativa.
Mas
o que está ocorrendo é que as pessoas estão pretendendo votar nela por
razões exatamente contrárias à própria ideologia e histórico político da
candidata. Estão confiando em uma imagem de conciliadora que ela
pretende transmitir; acreditando que Marina Silva é uma opção menos
radical do que os caminhos traçados pelo PT até agora; crendo que ela
representa uma forma alternativa de fazer política.
No
entanto, nada disso se encaixa no perfil da política acreana. Marina
Silva sempre foi radical, transitando nas alas mais extremas da esquerda
brasileira. Nunca foi uma conciliadora, pelo contrário, demonstrou uma
dificuldade terrível de se compor mesmo com seus aliados. E ela não
representa, de maneira alguma, uma política alternativa, ou será que
alguém acredita que uma pessoa que galgou os maiores postos dentro da
velha política brasileira fez isso estando do lado de fora dessa mesma
política?
O
pior é ver pessoas que vinham criticando o PT de maneira ferrenha,
simplesmente caírem no canto da sereia marinista, aceitando a ideia que
ela é uma alternativa viável para estar à frente da direção do país.
Eu
até posso aceitar que alguém vote em Marina Silva por razões
ideológicas. Isso seria bem mais coerente. O que não dá é ter que ouvir
de pretensos anti-petistas o discurso de que é preciso, de qualquer
maneira, quebrar a hegemonia do atual governo, colocando alguém que, de
maneira alguma, é diferente do que está aí.
Quando
a candidata verde apresentar sua verdadeira face para o grande público,
quando de sua rede brotarem os radicais ambientalistas e ongueiros,
prontos para dominar a nação, quando ficar claro que Marina não é uma
alternativa, mas um aprofundamento das políticas que vêm sendo
implementadas há anos no país, será tarde demais e restará para aqueles
que confiaram seus votos nela o arrependimento por tamanha estupidez.
Fabio Blanco, advogado e teólogo, apresenta o programa 'A Hora Final', na Rádio Vox
FONTE MIDIA SEM MASACARA.
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