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Chegou a hora de o brasileiro matar a saudade do cachorro de Dilma no horário eleitoral
GUILHERME FIUZA
A vida tem sido difícil em 2014 para o governo brasileiro, mesmo estando
nas mãos de um partido de vida fácil. Os números do PIB apontam para a
recessão, a inflação não cede, e até o prognóstico oficial de que a Copa
do Mundo aqueceria a economia teve de ser engolido – já que aconteceu
exatamente o contrário. Mas agora tudo ficará mais fácil para o governo
popular: começou a campanha eleitoral. Como se sabe, esta é a hora de os
brasileiros matarem a saudade do cachorro da Dilma. Com o horário
eleitoral gratuito, o PT poderá montar suas histórias sem precisar
traficar informação.
Já estava mais do que na hora. Ninguém aguentava mais aquele baixo-astral das notícias sobre espionagem no Palácio do Planalto. Felizmente, a invasão e adulteração criminosa dos perfis de jornalistas na Wikipédia ficou por isso mesmo. O Brasil não tem mais estômago para ficar acompanhando investigação de atos sórdidos. Já basta a novela do mensalão. Deixem os aloprados abrigados no palácio do governo em paz com suas escaramuças malcheirosas. É a única alegria que eles têm. Agora, em vez de ficar difamando Carlos Alberto Sardenberg, o departamento de ficção científica dos companheiros se dedicará de corpo e alma a embelezar Dilma. Chega de sombras, agora é tudo azul. Ou vermelho.
Dilma Rousseff inaugurou suas aparições no horário eleitoral, apresentada no lugar onde o PT acha que a mulher deve estar: na cozinha. Foi a estratégia clara de sua campanha: vai que o eleitorado esqueceu que a “presidenta” é mulher? Sem pensar duas vezes, o comando progressista foi logo mostrando Dilma no meio das panelas. Para o eleitor desatento, que nos últimos anos a tenha achado atrapalhada, lá estava ela preparando um macarrão – e calando definitivamente a boca dos que duvidam de suas capacidades.
Na campanha eleitoral de 2010, quando ninguém tinha visto ainda Dilma Rousseff governando, os filmes procuravam mostrar que ela era uma líder. Numa das cenas, enquanto um locutor avisava que a candidata tinha comando, a imagem a mostrava atirando um osso para o seu cachorro buscar. Ele buscava – e devolvia na mão da dona. Uma prova inequívoca de autoridade presidencial. Em 2014, não será necessário repetir essa cena. Os brasileiros já viram que Dilma e seus comandados pegam o osso e não largam mais.
Eis a questão que dominará a corrida presidencial: como fazer o PT largar o osso, após 12 anos de dentes bem cravados? Não será fácil. Além do referido azedume dos indicadores que prenunciam uma recessão, o esfolamento da Petrobras teve novos capítulos candentes – como as revelações da distribuição de verbas pelo doleiro anexo e a combinação clandestina de perguntas e respostas na CPI. A resposta da opinião pública foi imediata: a avaliação positiva do governo Dilma subiu!
Que fazer diante de tal cadeia de eventos? Como concorrer com uma presidente que faz outras coisas além de macarrão e é aplaudida pelos súditos?
A oposição já tentou de tudo. O PSDB, coitado, a cada eleição tenta parecer mais pobre. Já apresentou o economista José Serra como “o Zé”, filho de feirante. Quando concorreu à Presidência, Alckmin virou “o Geraldo”. Tentam parecer amigos do Lula (o filho único do Brasil) e escondem o Plano Real, essa jogada neoliberal que o PT consertou – segundo a nova verdade nacional, construída com afinco pela central de inteligência companheira. Experimente desmentir o Império do Oprimido, e você descobrirá seu passado terrível na internet.
Entrevistada no Jornal Nacional, Dilma não respondeu por que ela e seu partido tratam os condenados do mensalão como heróis nacionais e perseguidos políticos. Disse que não comenta decisões judiciais. Alertada de que não se tratava de comentar uma decisão judicial, mas uma posição política, ela se reservou o direito de fingir que não entendeu. E repetiu que não comenta decisões judiciais.
São as maravilhas da campanha eleitoral. A partir de agora, a presidente só comentará que trabalha muito e tem saudades da filha, da neta e do cachorro. Lá vai o Brasil descobrir de novo o doce de coco que é Dilma. Que ninguém estranhe se essa dona de casa sobrecarregada aparecer no horário eleitoral reclamando do preço do macarrão.
Já estava mais do que na hora. Ninguém aguentava mais aquele baixo-astral das notícias sobre espionagem no Palácio do Planalto. Felizmente, a invasão e adulteração criminosa dos perfis de jornalistas na Wikipédia ficou por isso mesmo. O Brasil não tem mais estômago para ficar acompanhando investigação de atos sórdidos. Já basta a novela do mensalão. Deixem os aloprados abrigados no palácio do governo em paz com suas escaramuças malcheirosas. É a única alegria que eles têm. Agora, em vez de ficar difamando Carlos Alberto Sardenberg, o departamento de ficção científica dos companheiros se dedicará de corpo e alma a embelezar Dilma. Chega de sombras, agora é tudo azul. Ou vermelho.
Dilma Rousseff inaugurou suas aparições no horário eleitoral, apresentada no lugar onde o PT acha que a mulher deve estar: na cozinha. Foi a estratégia clara de sua campanha: vai que o eleitorado esqueceu que a “presidenta” é mulher? Sem pensar duas vezes, o comando progressista foi logo mostrando Dilma no meio das panelas. Para o eleitor desatento, que nos últimos anos a tenha achado atrapalhada, lá estava ela preparando um macarrão – e calando definitivamente a boca dos que duvidam de suas capacidades.
Na campanha eleitoral de 2010, quando ninguém tinha visto ainda Dilma Rousseff governando, os filmes procuravam mostrar que ela era uma líder. Numa das cenas, enquanto um locutor avisava que a candidata tinha comando, a imagem a mostrava atirando um osso para o seu cachorro buscar. Ele buscava – e devolvia na mão da dona. Uma prova inequívoca de autoridade presidencial. Em 2014, não será necessário repetir essa cena. Os brasileiros já viram que Dilma e seus comandados pegam o osso e não largam mais.
Eis a questão que dominará a corrida presidencial: como fazer o PT largar o osso, após 12 anos de dentes bem cravados? Não será fácil. Além do referido azedume dos indicadores que prenunciam uma recessão, o esfolamento da Petrobras teve novos capítulos candentes – como as revelações da distribuição de verbas pelo doleiro anexo e a combinação clandestina de perguntas e respostas na CPI. A resposta da opinião pública foi imediata: a avaliação positiva do governo Dilma subiu!
Que fazer diante de tal cadeia de eventos? Como concorrer com uma presidente que faz outras coisas além de macarrão e é aplaudida pelos súditos?
A oposição já tentou de tudo. O PSDB, coitado, a cada eleição tenta parecer mais pobre. Já apresentou o economista José Serra como “o Zé”, filho de feirante. Quando concorreu à Presidência, Alckmin virou “o Geraldo”. Tentam parecer amigos do Lula (o filho único do Brasil) e escondem o Plano Real, essa jogada neoliberal que o PT consertou – segundo a nova verdade nacional, construída com afinco pela central de inteligência companheira. Experimente desmentir o Império do Oprimido, e você descobrirá seu passado terrível na internet.
Entrevistada no Jornal Nacional, Dilma não respondeu por que ela e seu partido tratam os condenados do mensalão como heróis nacionais e perseguidos políticos. Disse que não comenta decisões judiciais. Alertada de que não se tratava de comentar uma decisão judicial, mas uma posição política, ela se reservou o direito de fingir que não entendeu. E repetiu que não comenta decisões judiciais.
São as maravilhas da campanha eleitoral. A partir de agora, a presidente só comentará que trabalha muito e tem saudades da filha, da neta e do cachorro. Lá vai o Brasil descobrir de novo o doce de coco que é Dilma. Que ninguém estranhe se essa dona de casa sobrecarregada aparecer no horário eleitoral reclamando do preço do macarrão.
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