PLÁCIDO FERNANDES VIEIRA
CORREIO BRAZILIENSE -
Sem sucesso, petistas e
blogueiros chapas-brancas provocam a oposição para que entre num jogo em
que ela só tem a perder: o de se declarar contrária à Copa ou a de
torcer contra a Seleção. Nos protestos de rua, até agora, o que se vê
são sobretudo articulações de sindicalistas, como a de professores que
cercaram o ônibus da Seleção Brasileira no Rio.
Na terça-feira, em plena capital da República, um confronto que assombrou o mundo: índios de arco e flecha enfrentando balas de borracha e bombas de gás disparadas por policiais. Em São Paulo, um escândalo que - em tempos de forte oposição ao governo - sacudiria o país passou quase despercebido: a polícia disse ter flagrado um deputado do PT participando de uma reunião com membros do PCC para incendiar uma greve de ônibus em São Paulo. No entanto, praticamente ninguém se escandalizou com o episódio.
Nas rede sociais, observo, trava-se um verdadeiro ame-o ou deixe-o, com os petistas no papel verde-oliva. Da parte da população, muita indignação com o gasto de recursos públicos para erigir estádios monumentais, quando nunca na história do país se viu tamanha disposição em construir escolas e hospitais de boa qualidade. Há também muitos comentários contra as manifestações violentas. Pondera-se que já não há mais o que se possa fazer a essa altura dos fatos.
Sim, é verdade: quando se anunciou que a competição seria no país, em 2007, todo mundo comemorou. Afinal, havia a promessa de que as arenas seriam construídas com verba da iniciativa privada. E que haveria para a população em geral um vasto legado, como VLTs, metrôs e até trem-bala. Infraestrutura de primeiro mundo. A realidade, porém, revelou-se bem diferente. Exigir metrô até os estádios, disse Lula, é babaquice. Trem-bala, então, nem sonhar. Daí as gigantescas manifestações populares em junho de 2013. Mas o movimento pacífico acabou envenenado pela violência de black blocs e da polícia, para alívio dos corruptos, um dos principais alvos dos protestos.
Na terça-feira, em plena capital da República, um confronto que assombrou o mundo: índios de arco e flecha enfrentando balas de borracha e bombas de gás disparadas por policiais. Em São Paulo, um escândalo que - em tempos de forte oposição ao governo - sacudiria o país passou quase despercebido: a polícia disse ter flagrado um deputado do PT participando de uma reunião com membros do PCC para incendiar uma greve de ônibus em São Paulo. No entanto, praticamente ninguém se escandalizou com o episódio.
Nas rede sociais, observo, trava-se um verdadeiro ame-o ou deixe-o, com os petistas no papel verde-oliva. Da parte da população, muita indignação com o gasto de recursos públicos para erigir estádios monumentais, quando nunca na história do país se viu tamanha disposição em construir escolas e hospitais de boa qualidade. Há também muitos comentários contra as manifestações violentas. Pondera-se que já não há mais o que se possa fazer a essa altura dos fatos.
Sim, é verdade: quando se anunciou que a competição seria no país, em 2007, todo mundo comemorou. Afinal, havia a promessa de que as arenas seriam construídas com verba da iniciativa privada. E que haveria para a população em geral um vasto legado, como VLTs, metrôs e até trem-bala. Infraestrutura de primeiro mundo. A realidade, porém, revelou-se bem diferente. Exigir metrô até os estádios, disse Lula, é babaquice. Trem-bala, então, nem sonhar. Daí as gigantescas manifestações populares em junho de 2013. Mas o movimento pacífico acabou envenenado pela violência de black blocs e da polícia, para alívio dos corruptos, um dos principais alvos dos protestos.
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