Considerada um dos mais caros
projetos do setor mundial de petróleo, Abreu e Lima custará seis vezes mais do
que a verba gasta com os 12 estádios da Copa
Opinião e
Noticia,
Há 11 anos, Lula e Hugo Chávez
anunciaram uma parceria entre a Petrobras e a PDVSA para construir a Refinaria
Abreu e Lima, em Pernambuco.
Orçado em US$ 2,3 bilhões, o projeto
fazia parte do programa de crescimento de Lula e reafirmava a parceria
econômica e política entre os governos do Brasil e da Venezuela.
No entanto, 11 anos depois, o
orçamento da refinaria saltou de US$ 2,3 bilhões para US$ 18,5 bilhões, e,
segundo projeções da Petrobras, pode chegar à marca de US$ 20 bilhões em
novembro deste ano, um aumento de 770% no orçamento inicial.
O custo atual do projeto é seis vezes
maior do que todo o dinheiro gasto com a construção dos 12 estádios para a Copa
do Mundo e a refinaria já é considerada um dos mais caros empreendimentos do
setor mundial de petróleo. Cada um dos 230 mil barris de óleo que serão
refinados em Abreu e Lima custará, no mínimo, US$ 87 mil, o dobro da média
internacional.
Para completar, a Venezuela nunca
investiu um único centavo na refinaria e abandonou o projeto sem formalizar a
saída.
Suspeita-se que o extraordinário
aumento no custo da refinaria é fruto de má gerência, erros no projeto,
contratos superfaturados, corrupção e lavagem de dinheiro no Brasil e no
exterior.
O excesso de aditivos e alterações
contratuais mostra a falta de planejamento para o projeto. Desde 2008, já foram
gastos US$ 3 bilhões em custos adicionais. Além disso, até o ano passado, foram
realizadas 141 alterações contratuais com acréscimos de custos.
A construção da refinaria,
atualmente, é alvo de investigação no Congresso, no Supremo Tribunal Federal e
em cinco órgãos federais (Tribunal de Contas, Ministério Público, Polícia
Federal, Receita e Conselho de Atividades Financeiras).
Segundo a presidente da Petrobras,
Graça Foster, o empreendimento foi “um erro que não deve ser repetido”. A
presidente Dilma Rousseff espera inaugurar a refinaria em novembro deste ano,
no penúltimo mês de seu mandato.
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