Empreiteiras contratadas para obra de refinaria são suspeitas de repassar propina para ex-diretor da Petrobras e vão ser investigadas em inquéritos abertos na Operação Lava Jato
Folha de S. Paulo
PF investiga empresas que pagaram doleiro
As maiores empreiteiras do país, como
OAS, Mendes Junior e UTC Constran, serão investigadas em 23 inquéritos
abertos pela Polícia Federal na Operação Lava Jato.
A suspeita é que repasses feitos por
elas a uma empresa de fachada do doleiro Alberto Youssef, acusado de
comandar esquema bilionário de lavagem de dinheiro, tenham servido para
pagar propina ao ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa.
O suborno teria origem em contratos
superfaturados na refinaria Abreu e Lima, que está sendo construída pela
estatal em Pernambuco, segundo a força-tarefa criada para apurar
suspeitas de desvios de recursos da Petrobras.
Costa é acusado de ter intermediado os contratos superfaturados da refinaria.
Tanto Costa como Youssef estão presos em
Curitiba em razão da Operação Lava Jato. O ex-diretor da Petrobras é
réu num processo sob acusação de peculato –crime que funcionário público
comete quando desvia dinheiro.
Kassab se afasta de tucanos para apoiar rival de Alckmin
As divisões internas do PSDB de São
Paulo empurraram o PSD, partido do ex-prefeito Gilberto Kassab, para uma
aliança com o nome que hoje aparece como principal adversário do
governador Geraldo Alckmin (PSDB) na disputa eleitoral deste ano, Paulo
Skaf (PMDB).
Kassab anunciou a decisão na tarde desta
sexta-feira (27). O acordo com Skaf dará ao peemedebista mais 1min15s
de propaganda na TV e equilibrará o tempo de exposição das principais
candidaturas ao governo do Estado.
Em troca do apoio, o peemedebista
convidou o ex-presidente do Banco Central Henrique Meirelles, filiado ao
PSD, para ser seu candidato ao Senado. Meirelles prometeu dar uma
resposta até segunda. O marqueteiro do peemedebista, Duda Mendonça, já
ensaia slogan: “Skaf, Batochio [vice na chapa] e Meirelles. A mudança em
São Paulo já começou”.
Rivais minam base de Dilma no Nordeste
Os dois principais adversários de Dilma
Rousseff na corrida presidencial montaram palanques em vários Estados do
Nordeste com candidatos de partidos que apoiam a reeleição da
presidente, explorando divisões do bloco governista numa região que foi
decisiva para a vitória de Dilma nas eleições de 2010.
No Ceará, o senador mineiro Aécio Neves,
candidato do PSDB à Presidência, fechou com o senador Eunício Oliveira,
candidato do PMDB a governador, indicando o ex-governador Tasso
Jereissati como candidato ao Senado.
Eunício é aliado de Dilma em Brasília,
mas no Ceará a presidente está com o governador Cid Gomes (Pros) e seu
irmão, o ex-ministro Ciro Gomes, que devem lançar outro candidato a
governador com o apoio do PT.
Aliado a Eunício, Aécio conseguiu abrir uma trinca no palanque de Dilma no terceiro maior colégio eleitoral da região Nordeste.
Na sexta-feira (27), Aécio e seu rival
Eduardo Campos, pré-candidato do PSB à Presidência, visitaram o Piauí
como convidados da convenção que aprovou a candidatura do governador
José Filho (PMDB) à reeleição. Os dois fazem parte da chapa
peemedebista. O candidato do PT no Piauí será o senador Wellington Dias.
O Nordeste funcionará nesta eleição como uma espécie de câmara de compensação dos votos presidenciais.
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