O Estado de S.Paulo
A presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministra Cármen Lúcia,
disse nesta terça-feira, 29, em evento realizado pela revista Veja que
condenados em segunda instância, como é o caso do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, condenado e preso na Operação Lava Jato, não podem registrar a candidatura.
“Direito brasileiro não permite que haja, pela Lei da Ficha Limpa, o
registro válido daquele que tenha sido condenado a partir de um órgão
colegiado. Juridicamente, é isso que se tem no Brasil”, disse a
ministra.
Mesmo com Lula preso e condenado a 12 anos 1 mês, o PT tem mantido a
intenção de registrá-lo como candidato à Presidência na Justiça
Eleitoral. Até o momento, dirigentes do PT tem evitado discutir a
possibilidade de um plano B. Ou seja, de indicar outro nome para
concorrer nas eleições de outubro.
Na semana passada, a presidente do Supremo refutou a possibilidade de
que a candidatura de Lula seja bloqueada sem que haja contestação prévia
- ou "de ofício", como se diz no jargão jurídico. "O Judiciário não age
de ofício, age mediante provocação", disse a ministra, em entrevista ao
programa Canal Livre, da Band.
Ministros do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) chegaram a discutir nos
bastidores a possibilidade de tomar a iniciativa de impedir Lula de ser
candidato, para supostamente evitar um impasse durante a campanha.
O PT vai lançar a candidatura do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva
ao Palácio do Planalto no dia 9 de junho, em Belo Horizonte. O
ex-presidente está preso em Curitiba desde abril, na sede da Polícia
Federal no Paraná.
A ideia é que Lula, encarcerado, grave um pronunciamento para ser
exibido no ato de lançamento de sua campanha, em Belo Horizonte. Líder
nas pesquisas de intenção de voto, o petista já teve o nome lançado
outras vezes, até mesmo em atos regionais. Trata-se de uma articulação
combinada para que os holofotes da eleição continuem sobre Lula.
No dia 9 será apresentada uma nova versão da Carta ao Povo Brasileiro,
agora voltada para a classe média. O primeiro documento desse tipo foi
lançado na corrida eleitoral de 2002, para acalmar o mercado financeiro.
extraídaderota2014blogspot
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