Percival Puggina
Em pleno século XXI, o senador do PPS tem longa carreira como paulofreireano dedicado e eleitor petista entusiasmado. Foi ministro de Educação no primeiro governo Lula. Mesmo demitido pelo presidente, e mesmo depois do mensalão, votou nele em 2006 e em Dilma em 2010. Ele admitiu esses seus votos em carta à viúva de Paulo Freire que o criticou por se haver afastado de Dilma em 2014, numa carta em que diz:
"Nita, eu votei no Lula em 2006, no segundo turno, no primeiro eu era candidato. E na Dilma em 2010. Mas é difícil votar em um governo que, depois de 12 anos no Poder, além de tantas coisas erradas, não deu prioridade ao analfabetismo e não conseguiu reduzir o número de analfabetos adultos. Meu problema não é não ter esquecido a demissão, mas não ter esquecido o Paulo [Freire]. Abraço".
Quando o portal e-Cidadania abriu uma lista de adesão à proposta para retirar de Freire o título de Patrono da Educação nacional, Cristovam juntou-se a Luiza Erundina, Jean Wyllys, Fátima Bezerra, Marta Suplicy e outros para protestar contra a iniciativa dizendo que a ideia era uma “babaquice”, algo “idiota” e “imbecil”.
Para quem tinha alguma ilusão em relação à amplitude da abertura mental do candidato tucano, o convite feito a Cristovam Buarque para orientar suas propostas na área da Educação – setor tão vital para o upgrade do desenvolvimento humano, social e econômico do país – é uma péssima notícia.
O convite formulado por Alckmin, aliás, também bateu na ferradura junto à esquerda. O blog 247, ao divulgar a informação, qualificou o senador como traidor que “votou pelo golpe” e prognosticou que sua carreira política “afundaria de vez”. Pelo jeito, de mãos dadas com Alckmin.
EXTRAÍDADEPUGGINA.ORG
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