Jornalista Andrade Junior

FLOR “A MAIS BONITA”

NOS JARDINS DA CIDADE.

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CATEDRAL METROPOLITANA DE BRASILIA

CATEDRAL METROPOLITANA NAS CORES VERDE E AMARELO.

NA HORA DO ALMOÇO VALE TUDO

FOTO QUE CAPTUREI DO SABIÁ QUASE PEGANDO UMA ABELHA.

PALÁCIO DO ITAMARATY

FOTO NOTURNA FEITA COM AUXILIO DE UM FILTRO ESTRELA PARA O EFEITO.

POR DO SOL JUNTO AO LAGO SUL

É SEMPRE UM SHOW O POR DO SOL ÀS MARGENS DO LAGO SUL EM BRASÍLIA.

terça-feira, 31 de janeiro de 2017

O cinismo corrupto do lulopetismo

TOMAZ FILHO
Desde que Marisa Letícia baixou ao hospital Sírio-Libanês - e não ao SUS exaltado por Luiz Inácio Lula da Silva -, 'vítima de um acidente vascular', lulopetistas passaram a atribuir à Lava Jato as razões dos problemas da ex-'primeira-dama'.

Sintomas do AVC já haviam sido identificados há mais de 10 anos. Mas, petistas, sabe como é, além de corruptos são de um cinismo amazônico. 

Lembram de Guido Mantega, buscado também no Sírio-Libanês por agentes federais, que alegou que a mulher estava muito mal...

Dona Mantega passava por um 'procedimento' normal de quem tem câncer. Dona Mantega continua viva. E Mantega, solto.

Um delegado da Polícia Federal disse há pouco que a prisão de Lula é questão de dias. Trinta a 60 dias...

Bandidos sabem com antecedência cúmplice os passos da polícia - haja vista Lula, Mantega, Eike...

O ''acidente vascular' de dona Marisa provoca insinuações.

Natural.

Tudo que lembra Lula é, no minimo, suspeito.

Brasileiros estão maduros de saber das falcatruas de Lula. A mentira é a menor delas. Comparada ao BNDES, à Petrobras...

O cinismo corrupto do lulopetismo já não sensibiliza...


















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O império da lei -

MÍRIAM LEITÃO O GLOBO
O que mudou profundamente no Brasil nos últimos anos foi o que trouxe Eike Batista de volta e fez os dois doleiros de Sérgio Cabral revelarem o caminho que fizeram para esconder o dinheiro ilícito do ex-governador. Foi também o que levou a Odebrecht da postura agressiva e acusadora para a delação coletiva. O que mudou foi o poder que as instituições têm de fazer com que a lei seja cumprida.

O conceito é complexo. Não é apenas a lei, é a lei para todos, é a força que ela tem e o respeito que ela provoca. A palavra inglesa enforcement tem esse conceito, que era difícil traduzir antes. Chegou lentamente aqui e foi se fortalecendo.

Quando a Lava-Jato começou parecia ser coisa de um juiz só e de um grupo de policiais federais e de procuradores de Curitiba. Era como se fosse localizado. A República de Curitiba. Ontem, o empresário que já foi a sétima maior fortuna do mundo, que tem também passaporte alemão, voltou ao Brasil obedecendo à ordem de um juiz do Rio.

Em Brasília, outro lance dramático dessa história revelou que por mais importante que seja uma pessoa, as instituições são ainda maiores. A morte do ministro Teori Zavascki foi um golpe, por todas as razões que se conhece, mas não interrompeu os trabalhos da maior delação da Lava-Jato. Ontem, a ministra Cármen Lúcia, usando as prerrogativas de plantonista do Supremo, homologou as delações dos 77 acionistas e ex-executivos da Odebrecht. Elas passam a ter validade jurídica. Teori tinha, entre as suas qualidades, grande capacidade de trabalho, tanto que, dos 10 processos que seriam analisados na primeira semana de volta do recesso, oito eram dele. Mesmo assim, ele não trabalhava sozinho. Tinha três juízes auxiliares e a equipe. Eles puderam tomar a sequência final dos depoimentos dos delatores da empreiteira.

A Lava-Jato já é o maior ponto de virada da sociedade brasileira. São, segundo contagem do site "Jota", 250 denunciados, 54 ações penais, 82 condenados a mais de mil anos de prisão. E isso deve subir substancialmente com as delações da Odebrecht. O que era um caso em Curitiba já teve sequência. O que está acontecendo no Rio é a etapa "Eficiência" da Operação Calicute, que é um desdobramento da Lava-Jato. Em outros estados, podem surgir galhos assim, da mesma árvore.

Em declarações ao correspondente deste jornal Henrique Gomes Batista, o empresário Eike Batista falou que a Lava-Jato ajudará a inspirar confiança no Brasil. É exatamente isso. Agora é a travessia em meio a uma enorme crise, mas o que o país está construindo é a força de instituições do combate à corrupção. E isso levará, como tenho dito neste espaço, a uma economia mais saudável.

A Lava-Jato não ameaça a economia, ela a restaura. A corrupção distorce completamente o jogo econômico, a competição, a viabilidade dos negócios. Há ideias que não se sustentariam se não fosse o apadrinhamento excessivo pelo Estado. Eike é um empreendedor, mas em muitos dos seus negócios as bases eram frágeis, e ele se alavancava nesse ambiente de proximidade excessiva com os governantes. Não é por isso que foi para a prisão, mas todo o caso Eike, do seu apogeu à ruína de muitas empresas, em grande parte se explica pelas relações íntimas com os políticos. O que o levou para a prisão foi o dinheiro dado por ele ao ex-governador do Rio. Mas pode haver mais. Recentemente, ele contou parte do que sabe, quando disse que o exministro Guido Mantega pediu a ele dinheiro para pagar contas de campanha da ex-presidente Dilma. E ele o fez através de transferência para os marqueteiros João Santana e Mônica Moura. Eike achou que se contasse uma parte do que fez poderia se safar. Hoje já sabe que há outros caminhos pelos quais a Justiça brasileira consegue se informar.

Foi porque se sentiram encurralados que Eike decidiu voltar, os doleiros Renato e Marcelo Hasson Chebar decidiram quebrar a própria banca e falar, a maior empreiteira do país decidiu pagar bilhões e arregimentar suas sete dezenas de delatores. Foi esse mesmo sentimento que levou o ex-presidente da Transpetro Sérgio Machado a romper vetustas lealdades e contar o que sabia. Caminho que tomou também Delcídio Amaral. É mais difícil hoje escapar da lei.






















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"Tempos imprevisíveis",

por Ruy Fabiano Com Blog do Noblat - UOL
O presidente Michel Temer, diz o noticiário, pediu à presidente do STF, Cármen Lúcia, que não apressasse a homologação da Lava Jato. O motivo resume o Brasil de hoje: prejudicaria a eleição dos presidentes da Câmara e do Senado, incluídos entre os denunciados – e mesmo assim (ou por isso mesmo) apoiados pelo governo.
São eles, respectivamente, Rodrigo Maia e Eunício Oliveira. O normal seria o contrário: pedir a homologação imediata para evitar que um dos eleitos viesse a arcar com o ônus moral de uma delação, ainda que blindado politicamente diante dela.
O pragmatismo político, no entanto, dispensa essas abstrações. O excesso de escândalos anestesia o senso moral, conferindo ao ambiente político aspecto de normalidade. E é nele, e nesses termos, que se move hoje o Brasil institucional.
É o inverso do princípio, muito repetido, que diz que à mulher de César não basta ser, mas tem de parecer honesta. Nos dias que correm, nem uma coisa nem outra: basta um foro privilegiado, uma composição favorável na mais alta Corte e bons advogados.
O resto fica por conta dos prazos, dos regulamentos, dos regimentos, das prescrições. Etc.
O país de hoje seria irreconhecível há alguns anos. Discute-se a sucessão no STF como no passado a escalação da Seleção. Hoje, o brasileiro médio talvez não saiba os nomes de todos os craques do escrete, mas sabe o nome dos juízes do STF, suas tendências e o que deles esperar. Isso pode ser bom: menos futebol e mais vigilância institucional. As instituições, porém, ainda não o perceberam.
A Temer, interessa viabilizar as reformas, sem dúvida urgentes, sobretudo para quem tem mandato meia-sola. Precisa de aliados fiéis e eficazes no Congresso e assim crê que o sejam os candidatos que apoia para presidir Câmara e Senado.
Pouco importa em que encrencas eventualmente se tenham metido. Eleitos, são intocáveis, como o demonstrou recentemente o próprio STF em relação a Renan Calheiros, preservando-o na presidência do Senado (e do Congresso) não obstante liminar em contrário expedida por um de de seus ministros, Marco Aurélio Mello.
Criou assim nova jurisprudência: o Legislativo pode ser presidido por um réu, mas, na eventualidade de este vir a ser chamado a ocupar a chefia do Executivo - já que está na linha sucessória -, não. Estabeleceu uma hierarquia entre os Poderes, à revelia da Constituição, focada na conveniência da hora.
O pragmatismo não é só do governo. A oposição, centrada no PT – cujo comando está há mais tempo no banco dos réus (alguns já na cadeia) -, decidiu apoiar os candidatos governistas às eleições da mesa diretora da Câmara e Senado.
Pouco importa que os candidatos governistas tenham apoiado o impeachment; pragmático não guarda mágoa. Com esse apoio, rejeitado pela base, mas vitorioso na cúpula, o PT garante cargos, influência e, mais que isso, blindagem, junto a seus ex-parceiros.
Vai precisar. O partido montou e chefiou a organização criminosa, apelidada de Orcrim, que protagonizou o maior escândalo de corrupção da história. E, em face dele, as prisões prosseguem.
Na quinta, prenderam Eike Batista, empresário formado na Era PT e apresentado por Lula e Dilma como modelo de empreendedor. Terá muito o que contar, ampliando o elenco de investigados, contribuindo para manter o ambiente sob tensão.
E eis o que temos: diante das delações da Odebrecht (e há outras em curso), que envolvem duas centenas de parlamentares, o presidente da República, os dois que o precederam no cargo (Lula e Dilma), além de ministros e ex-ministros, o político padrão dos dias de hoje acorda sem saber se embarcará no carro oficial ou no camburão; se irá à Praça dos Três Poderes ou à prisão.
Eike Batista, ainda foragido, irá para Bangu, onde está seu velho parceiro, Sérgio Cabral, que já sinaliza com uma delação premiada para livrar-se do desconforto habitacional.
Não restará a Eike outra opção, a menos que, valendo-se de sua dupla cidadania – é filho de uma alemã -, consiga chegar a Berlim e lá se estabelecer, sem riscos, já que a Alemanha não tem acordo de extradição com o Brasil e não deporta seus cidadãos. Nessa hipótese, gol contra: Alemanha oito a um.
Seus advogados, porém, garantem que voltará – e não quer ficar um dia sequer em Bangu. Ninguém quer. A alternativa é contar uma boa história às autoridades – a história completa e definitiva da Orcrim, da qual é peça-chave. Dispõe de elementos para desfazer as dúvidas que ainda restam. Sobretudo em relação ao BNDES, que bancou sua ascensão ao cargo fictício de empresário modelo.
Tempos interessantes. E imprevisíveis.











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Na página oficial de Lula no Facebook, Moro é chamado de ‘incapaz’

Veja
O juiz Sergio Moro, responsável pela Operação Lava Jato na primeira instância, em Curitiba, foi chamado de “incapaz” na página oficial do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
A afirmação foi feita em post publicado hoje com o título “Seis motivos para anular o processo do triplex do Guarujá”, referência à ação na qual Lula é réu, acusado pelo Ministério Público Federal de ser o dono oculto de um apartamento no litoral de São Paulo, que teria sido repassado a ele pela construtora OAS.
Na segunda-feira os advogados do ex-presidente anunciaram o ingresso de uma ação no Tribunal Regional Federal da 4ª Região pedindo a anulação do processo “em virtude de diversos atos que mostram que o juiz Sergio Moro perdeu a imparcialidade para julgar Lula.”
No Facebook, o post elenca seis motivos para a anulação do processo, entre eles a “condução coercitiva injustificada” do ex-presidente em março de 2016, o vazamento de grampo de conversas entre Lula e Dilma – anuladas depois pelo Supremo Tribunal Federal (STF) -, a “relação íntima de Moro com políticos tucanos, como o senador Aécio Neves e o prefeito João Doria, e o comportamento do juiz nas audiências, que seria hostil à defesa de Lula.
Lula ainda move uma ação contra Moro no mesmo TRF da 4ª região em que alega abuso de autoridade pelo juiz na condução dos processos. O magistrado do Paraná é defendido no caso pela sua esposaa advogada Rosângela Wolff Moro.












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GÂNGSTERS DE ANTIGAMENTE PROTEGIAM SUAS FAMÍLIAS

por Carlos Newton,
Quando Al Capone foi apanhado sob alegação de estar sonegando impostos, ninguém jamais se importou com a mulher dele, porque os mafiosos costumavam preservar a intimidade do lar, esta era a regra, embora aparecessem exceções, como o casal Clyde Barrow e Bonnie Parker. Aqui no Brasil contemporâneo, ocorre justamente o contrário – os criminosos do colarinho branco fazem questão de envolver a família nos atos de corrupção, não se preocupam em preservar mulher e filhos. No início, tudo é festa, nada como enriquecer ilicitamente... Mas depois, é claro, acabam se arrependendo.
CABRAL E ADRIANA ANCELMO – O ex-governador Sergio Cabral, por exemplo, agiu exatamente como Clyde Barrow e colocou a própria mulher no mundo do crime. Quando se conheceram, Adriana Ancelmo era uma jovem advogada inexperiente em tudo, inclusive em corrupção. Tornaram-se amantes e Cabral resolveu largar a mulher, Suzana Neves, prima do senador Aécio. Daí para a frente surgiu o Casal 171 da política, num festival de corrupção como nunca se viu na administração pública direta.
Detalhe importante: as investigações sobre Cabral estão apenas começando. Falta pescar muito peixe grande, como os ex-secretários Sérgio Cortes (Saúde), José Mariano Beltrame (Segurança) e Luiz Fernando Pezão (Obras), mas tudo tem sua hora.
A HORA DO CHORO – O colunista Mauricio Lima, da Veja, divulga que Sergio Cabral está deprimido, chora muito, seus amigos temem que tente suicídio no presídio de Bangu. É uma possibilidade, claro, e nem seria novidade, pois a repórter Juliana Castro, de O Globo, revela que o vice-almirante Othon Pinheiro da Silva tentou suicídio no regime domiciliar em que se encontra, na Base Naval do Rio Meriti.
Othon tornara-se mito nas Forças Armadas, como um dos responsáveis pelo programa nuclear da Marinha. De repente não é mais nada e está prestes a perder a patente, quando completar dois anos de condenação. Ele destruiu a próxima carreira e o que restava de sua vida. Não envolveu a mulher, mas levou de roldão a própria filha, Ana Cristina Toniolo, que era sócia dele numa firma de trambicagens de engenharia e pegou 12 aos e quatro meses de cadeia.
CUNHA e FAMÍLIA – Embriagado pelo poder e confiante em permanecer impune, o ex-deputado Eduardo Cunha seguiu o mesmo caminho. Sem a menor necessidade, colocou a mulher Cláudia Cruz como cúmplice de seus atos de corrupção, envolvendo-a nos depósitos de contas no exterior.
Ainda não satisfeito, incriminou os filhos Felipe, Danielle e Camilla, sócios da empresa GDAV Serviços de Publicidade, que faturou fraudulentamente R$ 1 milhão da Gol Linhas Aéreas. Agora, Cunha está desesperado, querendo fazer delação premiada, mas pode ser tarde demais, a força-tarefa da Lava Jato não demonstra interesse e ele terá de entregar peixes graúdos, podemos imaginar quais serão eles.
DINASTIA ODEBRECHT – Rico desde sempre, devido ao crescimento da empresa na administração do patriarca Norberto Odebrecht, um empresário que destinava boa parte da fortuna para programas sociais, Emilio Odebrecht preferiu transformar a empreiteira numa máquina de corrupção. Nessa onda, a partir do governo FHC ele montou um dos maiores conglomerados empresariais da América Latina. Depois, introduziu o filho Marcelo na criminalidade, foi curtir a vida e deixou-o com a bomba-relógio no colo.
Marcelo Odebrecht está preso desde junho de 2015, o pai Emilio teve de reassumir a presidência, a delação ainda não foi homologada e o grupo empresarial desmorona de forma impressionante. A família tem dinheiro ilícito para várias gerações, mas precisa mudar de sobrenome – a marca Odebrecht está destruída para sempre.
MARISA LETíCIA SOFRE – Na UTI do Sírio-Libanês, Marisa Letícia luta pela vida. Oficialmente, tem hipertensão, que causou um AVC, mas na vida real ela é vítima do marido, que a destruiu.
A ex-primeira-dama vivia nas nuvens, até novembro de 2012, quando a Polícia Federal trouxe a público o romance de Lula com Rosemary Noronha, que ele nomeara chefe do Gabinete da Presidência. A paixão por Rose era antiga, vinha da década de 90, mas Lula não podia abandonar a esposa. Depois do escândalo, sem alternativa, ele tentou melhorar as coisas fazendo todas as vontades de Marisa Letícia, e foi daí que derivaram os graves problemas da ocultação de patrimônio no tríplex do Guarujá, no sítio em Atibaia e na duplicação da cobertura em São Bernardo do Campo.
Marisa Letícia já virou ré em dois processos de lavagem de dinheiro no tríplex do Guarujá e na duplicação fraudulenta da cobertura da família Lula da Silva em São Bernardo. E ainda falta o sítio em Atibaia, mas já cantaram a pedra, como se dizia antigamente.
A DERROCADA – Mulher de pouca instrução, Marisa Letícia não consegue entender o que vem acontecendo. De repente, o tríplex não é mais seu e nem pode continuar frequentando o sítio de Atibaia, onde reunia quase semanalmente a família. Está desesperada porque o caçula Luís Cláudio é réu na Operação Zelotes e a Polícia Federal aperta o cerco ao filho Fábio Luís e a seus sócios Fernando Bittar e Jonas Suassuna, envolvidos no caso do sítio de Atibaia e em muitas outras falcatruas.
Marisa Letícia desatinou. Perplexa, constatou a ruína da família, e os amigos também estão desmoronando, pois José Carlos Bumlai continua preso e até o advogado-compadre Roberto Teixeira virou réu por atuar na ocultação de patrimônio de Lula. A marolinha virou um tsunami.
Portanto, não é sem motivos que uma mulher hipertensa como ela veio a sofrer um AVC. A culpa é do marido Lula da Silva, que agora, com lágrimas no rosto, pede que os amigos rezem por ela.





















Tribuna da Internet

: Oceano de ‘eficiência’

Eliane Cantanhêde Publicado no Estadão
Não se trata de ironia do destino, mas de uma coincidência dramática: enquanto a Polícia Federal procurava Eike Batista por mais um esquema criminoso do ex-governador Sérgio Cabral, o atual governador Luiz Fernando Pezão assinava em Brasília os termos do socorro federal para o falido Rio, onde funcionários estão sem salários e cidadãos e empresas serão chamados a contribuir com mais impostos. Cabral rouba, o Tesouro cobre e, no fim das contas, pessoas físicas e jurídicas pagam a conta.
A força-tarefa da operação “Eficiência” definiu o patrimônio ilícito de Cabral como um “oceano”, mas o Estado virou um mar de lama, os fluminenses vivem num mar de lágrimas e, se há alguma ironia nessa história, é que justamente o vice de Cabral, depois seu sucessor, é quem bate de porta em porta em Brasília para segurar a onda em que o Rio se afoga.
As metáforas não são por acaso, já que o verdadeiro Cabral começou a emergir na mídia quando ele se tornou proprietário de uma casa de praia espetacular em Mangaratiba (RJ). Depois, como governador, desfrutava de lanchas caríssimas, vinhos próprios de milionários, jatinhos de empresários e festanças com guardanapos na cabeça em Paris. Tudo com dinheiro alheio, fruto do suor da sociedade.
Além de arrojado, Cabral era também um político prestigiado antes de ir parar em Bangu 8. Foi do PSDB quando convinha, pulou para o PMDB em boa hora, alegou a importância da relação do governo do Estado com o governo federal para estreitar os laços entre ele, governador, e o então presidente Lula e fazia um carnaval com o dinheiro que saltava como confete de esquemas com empresários como Eike Batista e Fernando Cavendish. Chegou a ser cotado para vice e até para candidato à Presidência da República.
Lula percebeu rapidamente toda essa potencialidade. Ficou íntimo de Cabral e foi um bom camarada para Eike. Dinheiro federal para o Rio não faltava, e o grupo X foi um dos “campeões nacionais” na era em que o BNDES era o pai dos ricos. Lula era amigo de Cabral, que era amigo de Eike, que era amigo de Lula. O assalto à Petrobrás foi nessa época, quando Lula também dizia que precisava botar a Vale do Rio Doce “na linha”, destacando para ela alguém com visão “nacionalista” e ação “desenvolvimentista”. Não fosse a resistência de Roger Agnelli (morto depois em acidente aéreo), a Vale poderia ter sido uma segunda Petrobrás…
Cabral teve também muita sorte com um “boom” inédito dos royalties do petróleo e soube capitalizar politicamente. Surfou no PAC Social das maiores favelas cariocas, lançou um forte programa para idosos e, no ano da reeleição de sua candidata Dilma Rousseff, levou os funcionários públicos ao paraíso, com 48 planos de carreiras e salários. O céu era o limite para o Rio, Cabral e suas falcatruas.
E onde fica o PMDB? O PMDB é uma federação nacional e um arquipélago no Rio. No País, há os esquemas – ops!, grupos – de Jader Barbalho no Pará, de Geddel Vieira Lima na Bahia, da família Newton Cardoso em Minas, do agora morto governador Orestes Quércia em São Paulo… E, no Rio, há os esquemas – ops!, as ilhas – de Cabral, Eduardo Cunha, Jorge Picciani e Antony Garotinho (que se mudou para o PR). Essas ilhas não se comunicam e os esquemas são distintos – ou concorrentes?
Tudo isso é assustador e desanimador, mas não se desanime. O Brasil recuou três degraus no ranking da Transparência Internacional sobre a percepção da corrupção e, hoje, está em 79º lugar entre 176 países. Num primeiro olhar, é o País mais corrupto das galáxias. Melhorando o foco, é o único que está remexendo as entranhas da corrupção, não só com a Lava Jato, mas com seus filhotes. A operação “Eficiência” é um ótimo exemplo disso.











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"As facções criminosas e os ladrões do erário",

 por Marcelo Eduardo Freitas O Estado de São Paulo
Nos últimos dias, observamos atonitamente a mortandade de seres humanos provocada pela ação irracional de seus iguais. As mortes que mais chamaram a atenção das pessoas ocorreram atrás das grades, na disputa pela hegemonia nos presídios de pelo menos três estados de nossa federação. Recursos, já parcos, foram alocados para estancar a visível crise de nosso sistema prisional. Outros setores, não menos essenciais, certamente serão prejudicados.
Especialistas de diversas áreas do saber se arvoraram no direito de apresentar soluções para o caos, particularmente em razão da gritante superlotação das unidades destinadas ao encarceramento coletivo. Alguns infelizes, em ótica absurdamente determinante, chegaram a apregoar que apenas os crimes de sangue e ódio deveriam levar ao cárcere, já que estes seriam os piores. Aqueles outros, de colarinho branco, executados por “animais sociais”, por não apresentarem maior gravidade em concreto, seriam passíveis de outras formas de reprimenda, que não o encaminhamento às masmorras.
Observa-se, assim, que alguns vesgos por opção, incluída parcela significativa do próprio Poder Judiciário, continuam, em pleno século XXI, a apregoar o enclausuramento apenas dos pretos, pobres e prostitutas, já que, marginalizados pelo nascimento, jamais alcançarão a possibilidade de sonegar tributos em grande escala, desviar recursos públicos, lavar dinheiro, oferecer propinas, entre tantas outras formas “privilegiadas” de expandir desgraça à sociedade.
Em tempos de redes sociais, as imagens difundidas chocaram aos leigos. Contudo, não se cuida de nenhuma novidade no submundo do crime. Lado outro, o comportamento de “donzelas assustadas com o vento” das autoridades de nossa república é surpreendente. Acaso não sabiam, de fato, o que acontecia nos calabouços do Estado?
À guisa de consideração, no ano de 2012, no governo da então presidente Dilma Rousseff, ocorreram 121 rebeliões, 20.310 fugas e 769 presos mortos. Em 2015 foram mais outros 500 presos mortos. Nos cinco anos de governo da presidente afastada foram assassinados quase 300 mil brasileiros, metade deles jovens e pobres. Outros 250 mil foram esmagados na impunidade do trânsito. Essa foi a pior indecência do governo recentemente defenestrado.
A conclusão que nos parece evidente, deste modo, é que querem “assustar a plateia brasileira” com bandidos desdentados, descalços, sem camisa e com apenas uma bermuda para cobrir-lhes o corpo. É esse realmente o crime organizado que todos temem? São esses os verdadeiros responsáveis pelo flagelo da pátria? É muita falta de lealdade intelectual promover bandos em organizações criminosas!
Como se não bastasse, o mantra da vez agora é: “prendemos muito e prendemos mal!”. Por isso, vamos soltar todos os que pudermos para dar folga aos presos “sufocados”, deixando a população brasileira asfixiada com mais bandidos nas ruas. É muita ingenuidade! O sistema prisional, como grande regra geral, possui apenas “reincidentes” específicos. São pessoas que cometeram sucessivos delitos e, por ironia do destino, “caíram” em alguma “bocada fria” que as levaram às prisões. Antes, inexoravelmente, envolveram-se em uma série de crimes que sequer chegaram ao conhecimento do Estado, gerando a propalada “cifra oculta da criminalidade”. Acaso alguém conhece um só ladrão, em terras tupiniquins, que foi “em cana” de primeira?
A esta altura o leitor atento se pergunta, mas qual é a solução? Ninguém, em pleno juízo de suas faculdades mentais, vai dizer o contrário: uma sociedade se corrige com educação, gênero do qual a instrução é espécie (educação religiosa, educação escolar, educação familiar, etc.) e, precipuamente, com a diminuição da desigualdade entre as pessoas. Não sem razão, assim, sociedades prósperas, quando desiguais, também são extremamente violentas. O remédio, por conseguinte, não virá a curto prazo. É preciso persistência!
Portanto, nos parece que, enquanto não corrigidos os rumos de nossa República, outra alternativa não nos resta senão o encarceramento de criminosos contumazes, incluídos, por óbvio, aqueles que desviam recursos públicos, lesam o erário, ocasionando, por consequência, um estridente genocídio à brasileira, não perceptível aos olhos dos menos atentos. Não sem razão, desta maneira, o ex-ministro do Supremo Tribunal Federal, Ayres Britto, afirmou em recente entrevista: “Os assaltantes do erário são os meliantes mais prejudiciais à ideia de vida civilizada. O dinheiro que desce pelo ralo da corrupção – sistemicamente, enquadrilhadamente -, é o que falta para o Estado desempenhar bem o seu papel no plano da infraestrutra econômica, social, prestação de serviços públicos, educação de qualidade, saúde. O assaltante do erário, no fundo, é um genocida. É o bandido número um”. Este, assim, parece ser o principal interessado na perpetuação da crise no sistema prisional. Este, sim, representa o verdadeiro crime organizado!
*Marcelo Eduardo Freitas, Delegado de Polícia Federal e Professor da Academia Nacional de Polícia














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"PT explora a crise penitenciária",

 editorial do Estadão
Em mais de 13 anos no poder, o PT relegou a questão penitenciária a segundo plano, como demonstra o fato de que, nesse período, apenas R$ 687 milhões, 14% da dotação de cerca de R$ 5 bilhões destinados ao Fundo Penitenciário (Funpen), foram efetivamente aplicados. Para os lulopetistas, a questão dos presídios sempre foi um grande incômodo, porque não viam apelo eleitoral na questão.
Revela, portanto, enorme hipocrisia a atitude do grupo de sete petistas integrantes do Conselho Nacional de Política Criminal e Penitenciária (CNPCP) do Ministério da Justiça – todos nomeados por Dilma Rousseff – que se demitiram coletivamente com a alegação de que o atual governo tem atentado contra a “independência” do órgão e também por discordarem do Plano Nacional de Segurança lançado no início do mês, em caráter de emergência, para enfrentar a crise deflagrada com a sucessão de rebeliões em presídios que atingiram até agora oito Estados. De resto, a iniciativa dos petistas demonstra sem disfarces o aparelhamento a que o Estado brasileiro foi submetido por Lula e companhia para sustentar as políticas partidárias do PT e aliados. Os conselheiros demissionários tinham com certeza, no governo anterior, total “independência” para manter em prudente segundo plano a já então grave questão penitenciária no País. 
Um dos demissionários, Gabriel Sampaio, ocupava um lugar no Conselho como recompensa pelos bons serviços que prestara ao PT como assessor do ex-ministro da Justiça José Eduardo Cardozo e seu auxiliar na defesa de Dilma no processo de impeachment. Aos jornalistas, Sampaio explicou: “Saímos porque o ministro de Estado interditou o debate. Ciente de que o Conselho tinha uma maioria crítica ao Plano de Segurança, à MP que desvia recursos do Funpen para a Segurança Pública e ao decreto de indulto aos presos (publicado em dezembro), optou por alterar a composição do colegiado”.
A alegação de falta de debate revela-se claramente demagógica quando se examina a folha de serviços dos governos petistas relativa a questão tão relevante quanto a situação carcerária. Os petistas não apenas quase nada fizeram enquanto estavam no poder como, agora, queriam perder tempo precioso num “debate” que, a rigor, já foi feito. Seria ocioso repetir o diagnóstico do problema e suas soluções – e verdadeiramente criminoso protelar medidas para restabelecer a ordem nas cidades conturbadas.
Como se trata de uma questão delicada e complexa, é claro que a solução definitiva do problema só virá a médio ou longo prazos, tempo suficiente para eventual correção de medidas de emergência e também para incorporar sugestões colhidas de quem está interessado em colaborar honestamente e não em fazer demagogia. 
Por outro lado, a alteração do colegiado a que o petista órfão do poder se refere diz respeito à criação pelo Ministério da Justiça de novos cargos de suplentes, que eram apenas 5, para igualar-se ao número de 13 titulares. É claro que as vagas que agora se abrem não serão ocupadas por militantes petistas.
Em resposta às acusações dos petistas demissionários, um grupo remanescente de conselheiros subscreveu nota: “O grupo que ora se despede identificava-se com a gestão anterior. O Conselho passará, ao natural, por renovação, o que proporcionará melhor compreensão do dramático cenário herdado. O descalabro penitenciário não é de hoje, não tem oito meses, mas décadas” e foi “acentuado nos últimos 14 anos”.
Esse lamentável episódio em que petistas se valeram da crise penitenciária para fazer política de baixo nível é mais uma demonstração dos motivos pelos quais o PT agoniza. Depois de 13 anos de populismo irresponsável agravado, no governo de Dilma Rousseff, pela desastrada tentativa de cunho ideológico de impor ao País uma “nova matriz econômica”, os brasileiros finalmente despertaram para o engodo de que eram vítimas: deram apoio maciço ao afastamento da presidente e decretaram nas urnas o banimento político do PT. 
Mas o mal foi feito. Para qualquer lado da administração pública que se olhe, o que se vê é devastação – que custará tempo e tesouro para consertar.













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segunda-feira, 30 de janeiro de 2017

Cresce número de famílias sem condições de pagar dívidas atrasadas

Deu na Folha
A renda do brasileiro encolheu e o desemprego saltou para quase 12% em 2016. Com menos dinheiro no bolso, ficou mais difícil quitar as dívidas. O número de famílias com contas em atraso e que afirmam não ter condições de voltar para o azul cresceu 25% entre 2015 e 2016, mostra um estudo da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC).
Há 1,389 milhão de famílias nesta situação, de um universo de 3,6 milhões de inadimplentes, considerada a média do ano passado apurada pela CNC na pesquisa de endividamento e inadimplência do consumidor.
Isso significa duas coisas: que as famílias que continuaram endividadas estão com mais dificuldades de pagar as contas em dias e quem está com contas em atraso tem dificuldades de renegociar, explica Marianne Hanson, economista da CNC.
Difícil renegociar – “As condições de renegociação não estão favoráveis para o bolso das famílias. Se o principal provedor está desempregado, não vai conseguir renegociar. E outro ponto é que as prestações estão muito altas”, afirmam Hanson.
Os bancos aumentaram as taxas de juros cobradas do consumidor, um reflexo do medo de calotes num período de desemprego elevado.
O número de famílias com dívidas seguiu a tendência dos últimos anos e continuou encolhendo. Isso indica que quem conseguiu atravessar os últimos anos com o orçamento controlado e quitar prestações preferiu segurar novos gastos, enquanto aqueles que não conseguiram eliminar essas contas tiveram maior tendência à inadimplência.
CARTÃO E CHEQUE ESPECIAL – O cartão de crédito foi a dívida mais citada na pesquisa: 77% das famílias usaram o artifício para se financiar. Houve crescimento nas linhas de empréstimo pessoal e consignado, além do cheque especial.
Recuou, no entanto, a menção a financiamento da casa, do carro e também os carnês, indicando que as dívidas de 2016 financiaram despesas correntes dos brasileiros. O financiamento do carro e o carnê ainda aparecem como importante linha de crédito dos brasileiros na pesquisa.

“Caiu o financiamento de casa e carro, que tem taxa de juros menor. E aumentou o cheque especial e cartão de crédito. O consignado foi o único crédito com taxa de juros menor que aumentou, mas quase na mesma proporção do cheque especial. Isso influencia na capacidade de pagamento e na percepção de endividamento”, diz a economista da CNC.
















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