Chico Otávio - O Globo
Dos alvos prioritários, o único que exigiu um esforço maior da PF foi Carlos Emanuel de Carvalho Miranda, apontado como o principal operador de Cabral. Como os agentes não o encontraram no endereço residencial, ligaram para o seu telefone celular e disseram que queriam encontrá-lo. Ele, então, informou que estava em sua fazenda, em Sebollas, no interior de Paraíba do Sul, para onde a equipe rumou imediatamente, para dar a voz de prisão.
Durante os três meses de investigação, a Calicute mobilizou 12 agentes da Delegacia de Repressão à Corrupção e Crimes Financeiros (Delecor), mas a execução dos mandados, na quinta-feira, precisou de um pequeno exército e uma logística singular. Para apreender a “Manhattan Rio”, embarcação de propriedade de Paulo Fernando Magalhães Pinto, considerado laranja de Cabral, os agentes tiveram de abordar a marina Verolme, onde o barco estava, de lancha.
A princípio, a operação em conjunto com o Ministério Público Federal estava prevista para o fim do mês, mas os responsáveis preferiram antecipá-la, por achar que a situação política do estado, afetada por um pacote de contenção de gastos, poderia se agravar.
A prisão do ex-governador Anthony Garotinho, na véspera, não foi vista como uma dificuldade a mais. Pelo contrário. Os policiais desconfiavam que o político, inimigo contumaz de Cabral, incitaria a população a protestar contra Cabral durante a execução dos mandados e condução dos presos à sede da PF.
Além das prisões e conduções, a PF apreendeu duas lanchas, dois jets skis, um jet boat, 17 veículos, 83 joias, 18 obras de arte, aproximadamente R$ 82 mil e US$ 27 mil em espécie.
extraídaderota2014blogspot
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