Em tempos
de ajuste fiscal, o governo paga auxílio-moradia de até R$ 7.733 a ministros do
governo. Dos 38 hoje no cargo, 24 recebem ajuda de custo, sendo que dez têm
benefício de R$ 7 mil ou mais para custear o aluguel dos imóveis onde vivem em
Brasília.
O auxílio
pago aos ministros do Executivo, cujo teto equivale a 25% do salário bruto, é o
maior entre os poderes, o que pode explicar a adesão de quase dois terços da
Esplanada dos Ministérios ao benefício. O uso de apartamentos funcionais, de
propriedade da União, não é praxe entre os auxiliares de Dilma.
Uma parte
dos ministros nem chegou a optar por esses imóveis. Outros pleitearam, mas
consideraram os apartamentos inadequados para suas famílias ou sem condições
mínimas para serem habitados. E um terceiro grupo seria colocado numa fila de
espera, o que motivou a opção pelo auxílio-moradia. A legislação e as
orientações normativas do governo sobre o assunto determinam que o auxílio só
pode ser pago caso “não exista imóvel funcional disponível para uso do servidor”.
Para
ministros do Supremo Tribunal Federal (STF), o teto do auxílio-moradia é de R$
4.377. Deputados federais que não ocupam imóveis funcionais têm direito a um
ressarcimento de R$ 4.253. No Senado, o auxílio é de R$ 5,5 mil.
Seis
ministros de Dilma recebem o teto permitido por lei, de R$ 7.733: Kátia Abreu,
da Agricultura; Renato Janine, da Educação; Luís Inácio Adams, da Advocacia
Geral da União (AGU); Aldo Rebelo, da Ciência e Tecnologia; Guilherme Afif, da
Secretaria da Micro e Pequena Empresa da Presidência; e Mangabeira Unger, que
pediu demissão da Secretaria de Assuntos Estratégicos da Presidência no último
dia 14.
Kátia
mora numa mansão no Lago Norte, área nobre de Brasília, e o auxílio-moradia é
insuficiente para pagar o aluguel. A ministra complementa o pagamento. Dois
senadores colegas de Esplanada moram em imóvel funcional: Armando Monteiro,
titular da pasta de Desenvolvimento e Indústria, e Eduardo Braga, de Minas e
Energia.
Janine
passou a integrar o primeiro escalão do governo Dilma em abril deste ano. Ele
diz ter pedido no mesmo mês à Secretaria de Patrimônio da União (SPU) um imóvel
funcional, mas os disponíveis “não se adequavam às necessidades da família do
ministro”, segundo a assessoria de imprensa da pasta. O titular da AGU, por sua
vez, disse ter morado em imóvel funcional até quatro anos atrás. Problemas
estruturais no imóvel levaram o ministro a alugar uma casa e pedir o
ressarcimento à União.
Quando
era ministro do Esporte e deputado federal licenciado, Aldo Rebelo morava em apartamento
funcional da Câmara. Sem mandato, e ministro da Ciência e Tecnologia, optou
pelo auxílio-moradia. Afif disse ter pleiteado o auxílio porque não havia
imóvel funcional disponível.
Fonte: O
Globo.
EXTRAÍDADEinstitutomillenium.org
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