Jorge Béja
Fala-se também que a divulgação do conteúdo da conversa entre Dilma e Lula não poderia ser divulgado por Moro, que deveria mandar tudo para o Supremo Tribunal Federal. Pode ser que seja. Mas o chamado “interesse público” tanto resguarda quanto também desnuda o sigilo. Cada caso é um caso. O princípio não é cego, nem muito menos generalizado. Há exceções.
Digamos, à guisa de exemplo, de hipótese, que naquela ligação Dilma estivesse avisando ao ex-presidente que estava tudo pronto para a decretação do estado de sítio, que já havia a concordância das Forças Armadas, que o Congresso seria fechado e Dilma governaria como ditadora, uma ditadora eleita pelo voto popular. Digamos que este fosse o conteúdo da conversa.
Indaga-se: deveria o juiz Moro ouvir, calar e mandar tudo para o Supremo examinar depois? Ou deveria imediatamente comunicar o que soube ao povo brasileiro?
Não foi esse o teor da conversa de Dilma teve com Lula. A conversa foi sobre o ardil para o caso de a polícia federal bater à porta de Lula para prendê-lo por ordem de Sérgio Moro. Golpe baixo. Inacreditavelmente engendrado por um presidente e por um ex-presidente da Republica, como diagnosticado pelo ministro Gilmar Mendes.
O MAIS IMPORTANTE
Aqui, uma reflexão: o que é mais importante, democrático e republicano: Moro saber de tudo e ficar calado, e não dar a conhecer ao povo brasileiro o ardil preparado, ou divulgar, para que toda a população saiba o que estava acontecendo?
Moro agiu em Legítima Defesa da legalidade. Em Legítima Defesa contra a iminência da concretização de uma trama, de um plano criminoso para enganar a Justiça e livrar Lula da prisão. Eu, juiz, também agiria assim. Mesmo pondo em risco a perda da minha toga. Aliás, por falar em perda da toga, por que essa gente não pede a toga de Moro? Se isso acontecer, ganha o povo. Porque todos sairão à ruas com faixas: “MORO PARA PRESIDENTE”.
extraídadetribundainternet
0 comments:
Postar um comentário