Jornalista Andrade Junior

segunda-feira, 28 de março de 2016

Cúmplices de Lula estão sujeitos a muitos anos de cadeia

Carlos Newton


Como todos sabem, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva está cada vez enrolado com a força-tarefa da Lava Jato, submetido a investigações sobre diversos crimes. Na tentativa de se safar da Polícia e da Justiça, Lula não vem medindo esforços, mas as provas são cada vez mais abundantes e o ex-presidente já não tem como escapar. Inevitavelmente, acabará sendo incriminado, levando consigo quem tentou ajudá-lo, até mesmo por simples amizade, como os laranjas que emprestaram seus nomes a ele, para que tentasse encobrir o enriquecimento ilícito.
Dois desses laranjas são bem conhecidos, Fernando Bittar e Jonas Suassuna. Pode-se até imaginar que estivessem objetivando novas vantagens de Lula, que muito os ajudou na trajetória da empresa que criaram com o filho mais velho do ex-presidente, Fábio Luís, apelidado pelo próprio pai de “Lulinha Fenômeno” em função de seu sucesso meteórico no mundos dos negócios, depois de iniciar a vida como um prosaico cuidador de animais no Zoológico de São Paulo.
De toda forma, tivessem ou não o objetivo de obter compensações, o fato concreto é que Bittar e Suassuna efetivamente se tornaram laranjas ao assinar a escritura de compra do sítio da família Lula da Silva em Atibaia. Como se sabe, o ato foi engendrado e formalizado no escritório do advogado Roberto Teixeira, amigo e até compadre do ex-presidente, por ter batizado o filho mais novo, Luís Cláudio Lula da Silva, que é outro fenômeno empresarial e está também submetido às investigações da operação Lava Jato, sem possibilidade de escapar incólume.
Está mais do que provado que Fernando Bittar jamais foi dono do sítio, pois existe a gravação de um telefone do irmão dele, Kalil, para uma nora de Lula, pedindo licença para fazer um churrasco no local e avisando que havia tirado uma garrafa de vinho da bem equipada adega da família presidencial.
“SÓ QUERIAM AJUDAR”
Embora seus advogados garantam que os laranjas não serão condenados, porque só queriam ajudar a família Lula da Silva a descansar dos embates políticos,as evidências indicam exatamente o contrário. Na hora da verdade, eles podem até alegar que não obtiveram qualquer vantagem ao emprestar seus nomes a Lula para a lavratura do documento cartorial. Na forma da lei, porém, Bittar e Suassuna são cúmplices de lavagem de dinheiro e podem ser condenados à cadeia (reclusão), e nesses casos o juiz geralmente aplica a pena mínima – três anos atrás das grades. Por serem réus primários, eles devem ficar isentos de cumprir a condenação, mas a folha corrida permanecerá manchada.
Há outros laranjas que também têm de se explicar perante a força-tarefa, como o aposentado Glaucos da Costamarques, primo do empresário José Carlos Bumlai, o grande amigo de Lula. Quando os federais entraram na cobertura de Lula, para busca e apreensão, notaram que a parede da sala havia sido derrubada e se tratava de um apartamento duplo. Foram informados de que o imóvel pertenceria ao primo de Bumlai. Aos jornalistas, Glaucos alega que comprou em 2011 a cobertura vizinha ao apartamento de Lula em São Bernardo, por indicação do advogado Roberto Teixeira (ele, sempre ele), que o convenceu de que seria um bom negócio. E alugou a Lula por R$ 4,3 mil mensais.
Traduzindo: Glaucos da Costamarques foi ajudar o primo Bumlai e agora se arrisca a pegar condenação como cúmplice de lavagem de dinheiro (ocultação de patrimônio).
E há um quarto laranja, ainda não identificado pela imprensa, que fatalmente será incriminado por ter permitido o uso de nome e CPF no telefone celular que Lula usava e era atendido por Valmir Morais da Silva, segundo-tenente do Exército e segurança do ex-presidente.
ATÉ DONA MARISA
Nesse imbroglio dos laranjas e cúmplices de Lula, pode sobrar até para a mulher dele, Marisa Letícia, em função da apropriação indébita (peculato) cometida pelo ex-presidente ao usurpar grande número de presentes recebidos no decorrer dos mandatos e que pertencem à União, pois a lei determina que ele só poderia ter levado na mudança os objetos de valor até R$ 100,00.
Ao depor perante o Ministério Público, Lula deixou bem claro que toda a mudança foi da responsabilidade de seu mulher, porque ele era presidente e tinha de se preocupar com outros assuntos mais sérios. Depois, em ligação grampeada, classificou os objetos de “tralhas”, ameaçando devolvê-los ao procurador-geral da República, Rodrigo Janot. Como os 186 bens mais preciosos, cujo valor pode ser estimado por volta de R$ 40 milhões, foram guardados numa agência bancária sob responsabilidade de Marisa Letícia e Fábio Luís, os dois se tornaram cúmplices. No caso de peculato, a pena é de 2 a 12 anos de reclusão.









EXTRAÍDADETRIBUNADAINTERNET

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