MIRANDA SÁ
“O livro caindo n’alma/ É germe — que faz a palma, É chuva — que faz o mar.”
(Castro Alves)
Como
sabem os que me acompanham no Blog, escrevo artigos sobre a política
brasileira, visando em particular os estrupícios do lulo-petismo, o seu
partido desmoralizado e o seu governo desarvorado. Mas, de vez em
quando, me dá uma vontade irrefreável de mudar ao cardápio, e então
divago.
Ocorreu-me
fazer um texto sobre o livro, voltado para os defensores da leitura na
web, como o @doeumlivro, e realçando os poetas do Twitter que nos
agraciam com seus poemas, amavelmente pedindo críticas.
Encontro
nas redes sociais incansáveis garimpeiros da cultura, críticos,
cronistas, escritores, lingüistas e poetas que recebem o meu
reconhecimento e a quem dedico esta microficha da História do Livro,
nascida da linguagem escrita a mais ou menos seis mil anos.
Nosso
ancestral escritor escreveu compulsivamente, na parede das cavernas, em
pedaços de madeira, nas grandes hastes das agaváceas, em tijolos de
argila, papiros, placas de cobre e de bronze, tecidos, e numa das
grandes invenções chinesas, o papel!
Podemos
dizer sem medo de errar que a História do Livro se confunde com a
própria História da Civilização, pela renovação cíclica com as novas
técnicas que surgem. Na minha concepção, este estudo abrange quatro
etapas: Aleatória; na argila e no papiro; tipográfica e computadorizada.
O
professor Geraldo Teruya, se pergunta: “Afinal, o que é história?” E se
apressa em responder com uma clareza meridiana: – “É o estudo do
passado para entender o presente, mas de um passado vivo, que está
presente em nós”. No livro impõe-se a superioridade do ser humano sobre
os outros animais.
Um
bom professor de História certamente ensinará aos seus alunos que sua
matéria não é de memorização, mas de pesquisa. Não tem por que decorar
que Genghis Khan nasceu em 1162 e morreu em 18 de agosto de 1227, nem as
efemérides do marechal Floriano Peixoto.
O
notável Michel de Certeau no seu livro “A escrita da História” nos dá
uma aula que ensina a necessidade de uma profunda reflexão sobre a
reprodução dos fatos, indicando aos jovens historiadores a assumir a
posição de “coveiros”, dialogando com os mortos.
Essas
ilações levaram-me a um “meme” patrocinado pelo lulo-petismo que corre
nas redes sociais. O “meme”, como se sabe, é um termo grego que
significa imitação, e usado na internet representa uma “viralização”,
isto é, a repetição de frase, idéia, imagem, música ou vídeo para que se
espalhe conquistando popularidade.
Pois
bem. Sobre essa “ação marqueteira” (não é do João Santana, que está
preso) achei graça de uma moçoila, que já passou da idade de concluir um
curso superior e tem o desplante de me mandar estudar História para
reconhecer os méritos do PT-governo.
Essa
pobre menina rica disse que a defesa de Lula é a defesa da Democracia e
do petróleo do Brasil. Parece brincadeira de quem diz conhecer
História! Como pode ligar Democracia a Lula este amigo de ditadores
africano, defensor da oligarquia cubana dos Castro e da democradura
venezuelana?
Pesquisará
a História quem omite o escândalo da Petrobras e as propinas para a
hierarquia petista e ajudando as eleições de Lula e de Dilma? Onde fica a
História e onde está a Democracia tão chegada aos lulo-petistas vendo a
Petrobras ser saqueada e destruída?
Entristeceria
qualquer estudioso, se não fosse hilária, a campanha em defesa da
Democracia e contra o impeachment, de um partido que comandou campanhas
pelo impeachment de Collor, de Sarney e de Fernando Henrique.
Os
historiadores petistas não passam de decorebas dos slogans que vão se
sucedendo desde o “Não vai ter Golpe”, “O impeachment é Golpe” e “Em
defesa da Democracia” até chegar ao cretinóide Requião que grita “O Moro
é Analfabeto”, copiando o bem remunerado congênere Paulo Henrique
Amorim.
Estou
esperando que repitam o último slogan a ser lançado criminosamente por
Lula numa assembléia de pelegos: “A recessão da economia é culpa da Lava
Jato”. Estas palavras-de-ordem por si só justificam cadeia para ‘elle’!
EXTRAÍDADETRIBUNADAIMPRENSA
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