Jornalista Andrade Junior

quinta-feira, 22 de outubro de 2015

Oposição anexa decretos de 2015 para reforçar impeachment

Natuza Nery Folha

Além do parecer do Ministério Público do TCU, a oposição vai anexar ao pedido de impeachment de Dilma Rousseff ao menos quatro decretos assinados pelo governo em 2015 que aumentaram em R$ 800 milhões as despesas do Executivo sem autorização dos parlamentares. Os documentos servirão de base para o argumento de que as irregularidades fiscais se estenderam para este ano. Manobra semelhante foi um dos motivos que levaram o Tribunal de Contas da União a rejeitar as contas de Dilma de 2014.
Depois dessa rejeição das contas de Dilma pelo TCU, um ministro da corte vê ambiente bem mais favorável para negociar com o governo o parcelamento da dívida de R$ 40 bilhões decorrente das pedaladas.
Integrantes do Executivo estão preocupados com a comissão formada pela OAB para debater o impeachment. Dizem que ainda não entenderam exatamente o papel que o órgão terá.
FINGIU QUE NÃO OUVIU
Na reunião de líderes com Eduardo Cunha, Chico Alencar (PSOL-RJ) pediu a renúncia do peemedebista. Enquanto o colega falava, o presidente da Câmara fez que não ouviu e continuou mexendo no telefone celular. Em seguida, passou a palavra ao próximo orador.
No PMDB, o deputado Geddel Vieira Lima (BA) promete fazer o impossível para manter o Congresso Nacional do partido nos moldes originais para forçar o rompimento com o governo. “Não tem hoje no PMDB ninguém com autoridade política para tomar uma decisão dessas. Bahia vai comandar uma dissidência”, disse, indignado.
“O nosso partido não pode se transformar em agência de emprego para acomodar aqueles que não sabem fazer política fora do poder”, acrescentou Geddel.
RECUO
Dilma disparou contra Cunha, mas a articulação política do Planalto pediu que líderes não batessem boca com ele. Precisam ser “low profile” para votar as medidas do ajuste fiscal.

Os reparos de Rui Falcão à política econômica renderam-lhe críticas. “Inacreditável o presidente do PT pedir a cabeça de Joaquim Levy. Com uma crise deste tamanho, não pode dispersar a base”, afirma Orlando Silva (PCdoB-SP).







extraídadetribunadainternet

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