MIRANDA SÁ -
“O primeiro método para estimar a inteligência de um governante é olhar para os homens que tem à sua volta“. (Maquiavel)
“O
Príncipe” é uma obra escrita em 1513, por Nicolau Maquiavel,
historiador, diplomata, filósofo, estadista e político italiano. É
estudada até hoje nos círculos de estudos políticos, filosóficos e
estratégicos.
Maquiavel
morreu em 1527 e “O Príncipe” só foi publicado “post-mortem”, em 1532,
trazendo conselhos aos governantes sobre a arte de administrar um país,
sugerindo o princípio de que os “fins justificam os meios”, que
modernamente os pensadores católicos atribuem aos marxistas e os
teóricos marxistas aos jesuítas…
As
táticas e estratégias contidas no livro levam ao amoralismo político.
Transmitem modos de manter o poder absoluto, não interessando como o
governante aja para atingir o objetivo. O importante é manter a
autoridade a qualquer custo.
Aproveitada
até hoje por encerrar engenhosos esquemas da politicagem, a visão de
Maquiavel é do século 16, limitada aos ocupantes devassos do poder e,
por isso, encaixa-se como uma luva na ideologia da pelegagem.
Lá
pela década de 1940, meu pai, republicano convicto, tinha uma piada
projetando o século 21; dizia que ao chegarmos lá (e já chegamos) só
haveria reis nos naipes do baralho. Enganou-se, mas os reis são poucos e
os príncipes autênticos são raros. Os mais conhecidos são os do Reino
Unido.
Na
Inglaterra, uma das grandes potências mundiais, os príncipes trabalham,
sentam praça nas forças armadas, fazem assistência social, andam em
aviões de carreira e dão satisfações à opinião pública. Seus gastos são
comedidos e controlados.
Temos
experiência em comprovar que nas repúblicas populistas, se
considerarmos “príncipes” os filhos dos presidentes, sua existência é
deplorável. Na Venezuela a filha órfã de Hugo Chávez é inexplicavelmente
bilionária, e no Chile, filho e nora de Michele Bachelet protagonizaram
um escândalo invulgar naquele país.
No
Brasil, a julgar pelos filhos de Lula da Silva, o comportamento desses
“príncipes” também é indecoroso. Um deles, que até a eleição do pai era
servidor do Jardim Zoológico de São Paulo, é hoje muitas vezes
milionário; e Lula orgulha-se dos dribles que deu, comparando-o a
Ronaldinho…
O
outro filho do ex-presidente em exercício aparece agora como “lobista”
ou “consultor” ganhando milhões por ter conseguido a Medida Provisória
471 que carreou lucros extraordinários para o setor automotivo. Pode ser
comparado a Neymar, goleador exímio no futebol e também na sonegação
fiscal.
Entre
nós temos um príncipe, Marcelo Odebrecht – está na cadeia, por avanço
nas pedaladas corruptas que arruinaram a Petrobras. Marcelo é um
empreiteiro seguidor dos ensinamentos de Maquiavel. Entre os colegas era
conhecido como “Príncipe”.
Ele
mandou e desmandou no PT-governo durante os três mandatos de Lula (um
deles através do fantoche Dilma). Há documentos que indicam isto. Num
e-mail por ele escrito fala em “queimar” o nome indicado para ocupar um
cargo e, com todas as letras, diz que é preciso “barrá-lo”.
Nos
arquivos dos donos e executivos das empreiteiras apreendidos pela
Polícia Federal, o nome do “Príncipe” aparece no topo do esquema de
corrupção. Tais registros comprovam a parceria com Lula da Silva,
apontado pelo codinome “Brahma”.
Com
a propina institucionalizada pelo PT-governo, a empresa Odebrecht
pagava subornos a diretores da Petrobras através de uma conta bancária
da Constructor Del Sur. Só em depósitos feitos em conjunto com a Andrade
Gutierrez, passaram aos lobistas e doleiros a serviço do PT-partido
perto de R$ 700 milhões!
O
príncipe Marcelo não mexia apenas com a contabilidade da quadrilha que
assaltou a Petrobras, como relatamos. Sua atuação na política foi
maquiavélica: No ano passado, juntou a sua corte de empreiteiros e
juntos financiaram a campanha “Volta Lula!” o “Reabre-te Sésamo” da
putrefação ética que o PT trouxe ao Brasil.
extraídadetribunadaimprensa





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