Com Blog do Noblat - O Globo
Ganha um almoço grátis, incluídas bebida e sobremesa, no restaurante
Barganha, em Duque de Caxias, no Rio de Janeiro, quem apontar uma só
cara nova no governo reformado da presidente Dilma Rousseff que tenha
sido escolhida por sua reconhecida competência. Nem brilho se exige
dela.
Não vale apontar o pau mandado de Eduardo Cunha, o deputado Celso
Pansera, nomeado Ministro da Ciência e Tecnologia. Pansera é dono do
Barganha. Mas não só por isso. Embora uma cara nova em meio a 30
ministros que só trocaram de cadeiras, ele não tem competência para o
cargo que exercerá.
A outra cara nova do governo é o deputado Marcelo Castro, Ministro da
Saúde e responsável por um orçamento de R$ 10 bilhões, o maior da
Esplanada dos Ministérios, em Brasília. À exemplo de Pansera, falta-lhe
notório conhecimento para o desempenho da função. Virou ministro porque é
do PMDB.
Devemos nos acostumar desde já com a propensão de Castro a falar muito.
Com poucas horas no cargo, ele disse coisas do tipo: “A CPMF é um ótimo
imposto e deveria ser para sempre”; “O povo pagará a CPMF sem sentir”;
“Por mim, a CPMF seria cobrada no ato de pagar e no ato de receber”.
Castro foi secretário de Saúde do Piauí. A História nada registra de
notável que ele tenha feito por lá. É médico psiquiatra. E talvez resida
aí algo de diferente que Dilma viu nele, e de eventualmente precioso
para o governo. Um psiquiatra pode fazer bem a um governo sem
identidade, inseguro e hesitante.
A reforma conduzida por Lula atendeu a um único objetivo: garantir os
votos necessários para enterrar na Câmara dos Deputados qualquer pedido
de impeachment contra Dilma. Com um terço dos votos dos 513 deputados
(171), Dilma se manterá no cargo até completar seu mandato. Hoje, ela
tem muito mais do que isso.
extraídaderota2014blogspot





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