#vamosmudarbrasilia
Da
Redação, Senado Federal,
O líder
do PT no Senado, Humberto Costa (PE), afirmou nesta terça-feira (1°) que o
governo tentará impedir a votação de projetos de decreto legislativo que sustam
a Política Nacional de Participação Social (PNPS) e o Sistema de Participação Social.
A criação da política por meio de decreto do Executivo é criticada por
parlamentares, inclusive da base do governo, que argumentam que o tema deveria
ser objeto de projeto de lei enviado ao Congresso.
- O
governo vai atuar no sentido de não permitir a aprovação desses dois decretos
legislativos, que têm o mesmo objetivo. Acredito que, por meio do debate, da
discussão, conseguiremos mostrar aos senadores e deputados que, na verdade,
estamos reforçando os mecanismos democráticos e de forma alguma comprometendo o
poder do Congresso – afirmou o líder do PT.
O Decreto 8.243/2014, editado no fim de maio,
consolida a participação social como método de governo e fortalece
instâncias como os conselhos e as conferências. Apesar de elogiarem o texto de
Dilma, muitos parlamentares se pronunciaram contra a regulação do tema
por decreto, inclusive o presidente do Senado, Renan Calheiros.
Há
projetos de decreto legislativo para sustar o decreto do Executivo tramitando
na Câmara (PDC 1.491/2014) e no Senado (PDS 117/2014). O projeto em exame no Senado,
apresentado pelo senador Alvaro Dias (PSDB-PR), já tem relatório favorável de
Pedro Taques (PDT-MT) na Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ).
Para Alvaro Dias, o governo deveria anular seu próprio decreto e admitir que é
um retrocesso.
-
Enquanto não aprovarmos os projetos de decreto legislativo, o decreto está
vigorando e há um retrocesso, que não contribui para aprimorar o regime
democrático. É uma cópia do modelo cubano e bolivariano - criticou.
Na manhã desta
terça-feira, após reunião com o presidente da Câmara, Henrique Eduardo Alves, o
ministro chefe da Secretaria-Geral da Presidência da República, Gilberto
Carvalho, afirmou que o governo não pretende voltar atrás. Segundo ele, o
Executivo não enviará projeto de lei sobre o tema ao Congresso.
Na
Câmara, a oposição promete obstruir os trabalhos enquanto não for
votado o projeto que susta a iniciativa do Executivo. A obstrução deve se
estender à Lei de Diretrizes Orçamentárias para 2015.
Audiência
Pública
Na CCJ, o
tema seria debatido nesta quarta-feira (2), mas a audiência pública não foi
confirmada e deve ocorrer em outra data a ser marcada. Segundo Alvaro Dias,
o debate terá a participação de três expositores indicados pelo PT e
três indicados pela oposição.
Fonte -
diplomatizzando
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