#vamosmudarbrasilia
Quando a economia vai mal e o governo não tem nada de bom para mostrar
em pleno ano eleitoral, o que fazer? Ora, partir para uma caça às
bruxas, claro! O caso do Banco Santander já foi comentado e é da maior gravidade.
O principal ativo de um banco é sua credibilidade. Pergunto: como
confiar em um banco que, covardemente, recua diante da pressão do
governo e demite o analista que simplesmente disse a coisa mais óbvia do
mundo, qual seja, que as bolsas sofrem quando Dilma sobe nas pesquisas e
sobem quando ela cai?
Agora foi a vez de o governo perseguir uma pequena casa de pesquisa independente, a Empiricus Research, cujo relatório com
tom bastante pessimista sobre nosso futuro tem circulado bastante pelas
redes sociais. A empresa emitiu a seguinte nota de esclarecimento hoje:
Soubemos
na sexta-feira que a coligação da presidenta Dilma Rousseff entrou com
representação no TSE contra a coligação de Aécio Neves, a Empiricus e o
Google, por nossas campanhas na internet. O argumento seria de que,
supostamente, faríamos propaganda eleitoral indevida.
Antes
do argumento em si em prol da desqualificação de propaganda eleitoral
pela Empiricus, cumpre esclarecimento ético e moral. Ao entrar com
representação contra Aécio Neves, Empiricus e Google, suponho que a
coligação da presidenta entenda que há alguma relação entre as partes.
Posto
isso, convido a coligação – e mais quem quiser – a mostrar/provar a
existência de relacionamento, em qualquer instância, entre a Empiricus e
Aécio Neves.
O que o PT quer evitar a todo custo é que circule por aí algo que
qualquer pessoa do mercado financeiro já sabe, desde o mais jovem
estagiário até o mais rico dos investidores: que as empresas estatais
disparam nas bolsas assim que surgem boatos de que nova pesquisa
eleitoral irá mostrar queda de Dilma. O PT deseja a tudo custo ocultar
isso dos eleitores mais leigos.
Ora, trata-se apenas de um fato.
Não dá para negá-lo. Mas o PT tem viés autoritário, e quer impedir
pessoas e empresas de simplesmente emitir suas opiniões ou constatar
certos fatos. Em vez de a presidente Dilma explicar ou entender o porquê
disso, ela prefere tentar quebrar o termômetro ou impedir que o público
saiba da febre. Vejam a própria estimativa para crescimento do PIB este
ano dos principais analistas de mercado, ouvidos pelo Banco Central:
Reparem que está em queda livre, a cada nova rodada de pesquisa os
analistas reduzem o crescimento esperado para esse ano, já em míseros
0,9%. Por que as bolsas disparam sempre que Dilma cai nas pesquisas? Eis
a pergunta relevante aqui. E a resposta é óbvia: porque os investidores
do Brasil e do mundo sabem que mais quatro anos de Dilma no poder
representam uma potencial catástrofe para o país e o valor de nossos
ativos. Simples assim!
A caça às bruxas já começou. O PT joga pesado, e fará de tudo ao seu
alcance para se preservar no poder e garantir as mamatas aos seus. Fará
“o diabo”, como confessou a própria presidente Dilma. Espera-se que o
país saiba reagir à altura, e mostrar que ainda há independência de
análise e liberdade de expressão por aqui. Não passarão!
PS: Como já fui analista de empresas e gestor de recursos, tendo
trabalhado no mercado financeiro de 1997 a 2013, vou emitir minha
opinião aqui, o meu julgamento livre e totalmente independente de
qualquer partido. Se Dilma ganhar a reeleição, acredito que o Ibovespa, o
índice das principais ações brasileiras, pode cair até 40% nos próximos
meses/anos, e o dólar poderá ultrapassar os R$ 3,00. Terrorismo
eleitoral? Não! Análise independente, essa que o Banco Santander está
vetado de fazer por pressão do governo.
Rodrigo Constantino
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