CORREIO BRAZILIENSE
De um lado, a ministra
Ideli Salvatti, acusada de falha ética pela própria Presidência da
República, permanece no cargo. De outro, Arthur Chioro, investigado pelo
Ministério Público de São Paulo por presidir, enquanto secretário de
Saúde de São Bernardo do Campo (SP), consultoria que prestava serviços
para prefeituras paulistas comandadas pelo PT, soma-se à equipe do
primeiro escalão do governo Dilma Rousseff. Sem falar de Alexandre
Padilha, que deixa a Esplanada dos Ministérios para disputar o governo
do maior estado da Federação anunciando, enfim, o cancelamento de
convênio que a pasta mantinha com ONG que tem o pai dele como
sócio-fundador.
Se para bom entendedor meia palavra basta, não é preciso dizer mais nada. Está para lá de explícito que a ética não norteia a reforma ministerial ora em andamento. E o caso Chioro é emblemático. Importa que ele seja afilhado político do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, além de protegido do prefeito de São Bernardo, Luiz Marinho. Bons antecedentes e reputação ilibada não são critérios de escolha para nomeações. Tanto faz se o art. 37 da Constituição estabelece que a administração pública deve obediência aos princípios de legalidade, impessoalidade e moralidade. O fato cristalino é que o malfeito se perpetua impunemente na mais elevada esfera do Estado brasileiro.
A reforma nasce, pois, com pecado original. Nem aos mais otimistas a nódoa deixa espaço para prognósticos positivos. Se a oportunidade de qualificar o quadro é posta de escanteio, quem haverá de sonhar com uma máquina azeitada, de engrenagens deficientes trocadas, pronta para superar os muitos obstáculos, fazer as obras andarem, a infraestrutura nacional realizar-se, o PIB crescer? Tampouco dá para imaginar um enxugamento que restabeleça a decência no tamanho da administração federal, com 39 ministérios. Entra-se num vale-tudo, cujo único objetivo visível no horizonte é a vantagem eleitoral da presidente rumo ao segundo mandato.
Arthur Chioro é só uma pedra nesse xadrez de tabuleiro viciado. Mas tem o peso do rei. Enquanto inquérito civil público corre em segredo de Justiça, informações vazam para a mídia, e a população toma conhecimento das suspeitas, a presidente Dilma Rousseff ignora as apreensões e ocupa-se de tramar a jogada definitiva, o xeque-mate que amanhã será coroado com cerimônia de posse no Palácio do Planalto. Uma vez ministro, o ex-secretário municipal passará a contar com o privilégio constitucional do foro privilegiado. Ou seja, somente poderá ser julgado pelo Supremo tribunal Federal (STF). Bom para ele, ruim para o cidadão cansado da impunidade e ansioso por ver a Saúde deste país curada de tantos males.
Se para bom entendedor meia palavra basta, não é preciso dizer mais nada. Está para lá de explícito que a ética não norteia a reforma ministerial ora em andamento. E o caso Chioro é emblemático. Importa que ele seja afilhado político do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, além de protegido do prefeito de São Bernardo, Luiz Marinho. Bons antecedentes e reputação ilibada não são critérios de escolha para nomeações. Tanto faz se o art. 37 da Constituição estabelece que a administração pública deve obediência aos princípios de legalidade, impessoalidade e moralidade. O fato cristalino é que o malfeito se perpetua impunemente na mais elevada esfera do Estado brasileiro.
A reforma nasce, pois, com pecado original. Nem aos mais otimistas a nódoa deixa espaço para prognósticos positivos. Se a oportunidade de qualificar o quadro é posta de escanteio, quem haverá de sonhar com uma máquina azeitada, de engrenagens deficientes trocadas, pronta para superar os muitos obstáculos, fazer as obras andarem, a infraestrutura nacional realizar-se, o PIB crescer? Tampouco dá para imaginar um enxugamento que restabeleça a decência no tamanho da administração federal, com 39 ministérios. Entra-se num vale-tudo, cujo único objetivo visível no horizonte é a vantagem eleitoral da presidente rumo ao segundo mandato.
Arthur Chioro é só uma pedra nesse xadrez de tabuleiro viciado. Mas tem o peso do rei. Enquanto inquérito civil público corre em segredo de Justiça, informações vazam para a mídia, e a população toma conhecimento das suspeitas, a presidente Dilma Rousseff ignora as apreensões e ocupa-se de tramar a jogada definitiva, o xeque-mate que amanhã será coroado com cerimônia de posse no Palácio do Planalto. Uma vez ministro, o ex-secretário municipal passará a contar com o privilégio constitucional do foro privilegiado. Ou seja, somente poderá ser julgado pelo Supremo tribunal Federal (STF). Bom para ele, ruim para o cidadão cansado da impunidade e ansioso por ver a Saúde deste país curada de tantos males.
0 comments:
Postar um comentário