Denilson Faleiro. Advogado.
Brasil, 31 de maio de 2020. Famílias inteiras, pais, mães, filhos, avós e netos. Vestidos de verde a amarelo. Eles se manifestam e ao mesmo tempo protestam.
Contra o que eles protestam?
Contra as decisões arbitrárias do Supremo Tribunal Federal? Sim.
Contra o insano lockdown que não tem seus efeitos benéficos contra o Coronavírus confirmado? Sim.
Por que ele protestam?
Eles protestam porque sentem na pele a semedura da retirada de seus direitos constitucionais. Mais que constitucionais, estão nos roubando nossos direitos naturais.
Não é a Constituição de 1988, ou qualquer pedaço de papel escrito por homens mortais que garantem à pessoa humana certos direitos. Por mais bem intencionados que sejam, ainda que tenham sido eleitos da forma mais democrática e limpa possível, neste domingo em que nosso País sangra, isso não vem ao caso.
O que este grupo de verde a amarelo sente é que o que está em jogo são seus direitos naturais.
O brasileiro e a brasileira têm – NATURALMENTE – o direito à vida, o direito à propriedade, o direito à liberdade de expressão, e o direito de ir e vir, independente se a CF diz que sim, ou que não.
O que eles sentem e percebem?
As pessoas que hoje saíram às ruas de verde e amarelo estão percebendo que o seu sacro santo direito de ir e vir restringido, retirado, expropriado a fórceps.
As pessoas que hoje defendem o Presidente Jair Bolsonaro estão se despertando para o fato que seu divino direito de liberdade de expressão está dando os últimos suspiros nos meandros sombrios do Senado Federal.
As pessoas de verde e amarelo em seu âmago desconfiam que se não lutarem, AGORA, por estes dois direitos naturais, os quais alguns possam classificar como “não essenciais”, qual será o próximo direito natural que dependerá de uma ordem estatal para ser considerado essencial?
O de propriedade? Este já foi ferido de morte com a tal da “função social da propriedade”, incrustrado em 1988 pelos que fizeram a Constituição cidadã (?).
O de liberdade?
Que liberdade?
Pergunte à mulher algemada na praça de Araraquara.
Pergunte aos dois presos por protestarem contra Alexandre de Moraes.
Pergunte à mulher que surfava no Guarujá, ou a mulher que nadava em Copacabana.
Bem, restou o direito à vida.
As pessoas que saíram hoje de verde e amarelo sabem que a ideologia de esquerda em suas mais variadas ramificações pensa do direito à vida.
Como disse Mauro Iasi citando Bertolt Brecht no Congresso da CSP-CONLUTAS, os esquerdistas não vêem os que saíram às ruas hoje de verde e amarelo como compatriotas que divergem de pensamento, não, a esquerda os vê como INIMIGOS.
Transcreve-se pois o pensamento esquerdista, comprovado com mais de 100 milhões de testemunhas mortas:
“Agora escuta: sabemos que és nosso inimigo.
Por isso vamos encostar-te ao paredão.
Mas tendo em conta os teus méritos e boas qualidades
vamos encostar-te a um bom paredão
e matar-te com uma boa bala de uma boa espingarda
e enterrar-te com uma boa pá na boa terra”.
As pessoas que saíram de verde e amarelo, sabem que a luta que estão travando não é só por vinte centavos; não é só contra as decisões arbitrárias do Supremo; não é só em defesa do voto dado à Jair, o Messias, Bolsonaro; não é só por reles direitos constitucionais.
Não! A luta é pela VIDA.
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