Jornalista Andrade Junior

quarta-feira, 24 de junho de 2020

‘Lockdown pode matar mais do que salvar vidas’, garante Nobel de Química

“Foram extremos os danos sociais causados pelo isolamento, como o abuso doméstico, os divórcios e o alcoolismo”, constatou Michael Levitt
Cristyan Costa, Revista Oeste

O vencedor do prêmio Nobel de Química em 2013, Michael Levitt, afirmou ontem que foi inútil e perda de tempo o isolamento social radical implementado em vários países.
“O lockdown não salvou vidas. Pelo contrário, penso que pode ter custado vidas”, observou em entrevista ao jornal The Telegraph. Atualmente, Levitt é professor da Universidade Stanford.
Para ele, o confinamento “salvou algumas vidas de acidentes de trânsito, mas foram extremos os danos sociais, como o abuso doméstico, os divórcios e o alcoolismo”.
Em março deste ano, o professor garantiu que a maioria das previsões de especialistas sobre o coronavírus estava errada. Além disso, chamou a todas de apocalípticas.
Segundo Levitt, a queda nas taxas de infecção desde que o isolamento mundial começou sugere que o vírus “tem sua própria dinâmica”. Portanto, não está relacionada a medidas de bloqueio frequentemente inconsistentes.
“Por razões que não estavam claras para mim, julgo que os líderes entraram em pânico e as pessoas entraram em pânico. Houve uma enorme falta de discussão”, constatou o professor.
Levitt descreve o lockdown como medida medieval e acredita que os epidemiologistas exageram nas alegações para aumentar a probabilidade de ser ouvidos pelas pessoas.














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