por Herbert Passos Neto
Muita gente se diz defensora da liberdade, mas aplaude a ação de busca e apreensão feita em residências, gabinetes e empresas de jornalistas, deputados e militantes que apoiam o Governo Bolsonaro. Até residências de familiares desses apoiadores foram vasculhadas pela Polícia Federal no último dia 27/05, em busca de computadores, celulares e tablets, que foram levados sem explicação.
Já imaginou se Bolsonaro mandasse fazer busca e apreensão na casa de cada pessoa que o xingasse? Discursos de ódio são frequentes contra ele: é chamado de fascista, nazista, assassino, ditador. É escarnecido todos os dias nas redes sociais. Tem suas falas diariamente distorcidas pela imprensa. Fora as imagens que circulam com ele decapitado, as comemorações à facada que o ex-membro do PSOL deu nele e as lamentações de que ele não morreu. Nada disso gerou processos, censura ou perseguição.
No entanto, diante de uma perseguição descarada a quem apoia o Governo, poucas vozes se levantam contra o autoritarismo. Um misto de canalhice e falta de hombridade de quem já deixou o ódio a Bolsonaro se sobrepor ao amor pela liberdade e ao respeito pela democracia.
Bom lembrar que já há previsão legal para punir calúnia, difamação, injúria e qualquer outro tipo de dano, mas nenhum dos perseguidos está sendo acusado desses crimes. O que está havendo é uma ação absurda, fruto de um inquérito ilegal, que foi criado com base em depoimentos de figuras como Alexandre Frota na CPMI das Fake News, que foi aberta com base em ilações e acusações sem qualquer fundamento.
Nesses tempos em que máscaras são obrigatórias para andar na rua, as dos falsos defensores da liberdade não conseguem mais encobrir a sanha do autoritarismo.
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