Jornalista Andrade Junior

domingo, 3 de maio de 2020

“E daí?”,

Mirian da Matta. Professora. Especialista em Língua Portuguesa

E daí sim… porque, desde o início, as decisões de muitos governadores, subsidiadas pelos discursos contraditórios e midiáticos do Mandetta, foram mantidas e garantidas pelo STF, a despeito da vontade do Presidente Bolsonaro, que se expressou natural e transparentemente não só contra o isolamento horizontal, mas sobretudo a favor de um isolamento inteligente.
Além disso, comentou a possibilidade do uso de cloroquina, na boa intenção de evitar algumas evidências. Sem citar as reiteradas vezes em que o Presidente se mostrou abatidamente preocupado com as já irrefutáveis consequências de tais denodos em época de pandemia. Esses fatos reverberaram, negativamente, nas Redes Sociais e em todos os veículos de informação, e cuja veracidade é irrefragável.
Durante tudo isso e após a isso, o que vemos? Vemos a Anvisa liberar a administração de hidroxicloroquina para tratamento contra a COVID-19, sob determinados critérios e condições, por “sugerir um potencial efeito antiviral no novo coronavírus humano; vemos o Conselho Federal de Medicina, por meio de Parecer nº 04/2020, estabelecer critérios e condições para a prescrição de cloroquina e de hidroxicloroquina em pacientes com diagnóstico confirmado de COVID-19; e assistimos, humanamente consternados, ao aumento do número de notificações e de morte de pacientes pelo novo coronavírus.
Infelizmente, é preciso reconhecer que o mundo não tem uma resposta otimista a tantas perguntas que nos atormentam. Basta observar que o próprio cientista de dados, Ricardo Cappra, que ajudou na África a conter o vírus ebola, não contempla uma visão otimista diante dos fatos:
“Não vamos conseguir contê-lo, e acho que essa nem é a questão. Temos casos de pessoas que apresentam sintomas e outras que estão contaminadas com o vírus, mas estão assintomáticas. No entanto, elas são capazes de transmitir a doença. E isso é que me leva a crer que o novo coronavírus não pode ser contido.”
“E daí?” - SIM! Será que não percebem a ironia, em seu sentido mais etimologicamente contextualizado, que nada tem a ver com “deboche” ou “desinteresse” por situação tão delicada e preocupante, mas com o contrário da suposta verdade que insistem em imputar ao Presidente?
Ficamos assustados com a incapacidade de perceberem o quão óbvia é a interpretação dos fatos e com a não menos absurda iniciativa esquizofrênica de determinados grupos de deturpar tudo - rigorosamente tudo - inclusive, a pretexto de uma boa pauta.
Lamento, mas não conseguirão mudar quem naturalmente é “brasileiro”. Portanto, não tentem calar o Presidente, porque, mesmo quando o Bolsonaro não fala, o corpo dele grita.
E daí?












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