Jornalista Andrade Junior

terça-feira, 26 de maio de 2020

Como a organização criminosa do Lula tem aviltado a ciência para desservir Bolsonaro e o Brasil,

 por Carlos Adriano Ferraz

Nos últimos meses o termo “ciência” tem sido utilizado abundantemente. Não me lembro desse termo ser manipulado de forma tão insistente ao longo de minha vida.
Nesse momento ele é usado como uma espécie de “mantra”, e isso para conduzir seu destinatário à ideia de que aquilo que está sendo dito é algo inquestionável (um dogma).
No atual contexto de pandemia, portanto, tal mantra tem sido conjurado por “especialistas” astuciosamente selecionados pelo establishment para argumentar especialmente 1. em favor de medidas como o isolamento social e 2. em rejeição da hidroxicloroquina como forma de tratamento contra o COVID-19.
Ou seja, a ciência tem sido usada como lorpa para sustentar uma narrativa contestável, a qual está causando desemprego, desespero, miséria e, pior de tudo, mortes.
Ao final, quem continuará acreditando em ciência?
Com o tempo a verdade prevalecerá, e todos saberão que nem o isolamento (e consequente estagnação da atividade econômica) nem a proibição de um protocolo de uso da hidroxicloroquina tinham qualquer justificativa científica.
Será evidente que milhões foram jogados na miséria e morreram sem que tal tragédia humanitária fosse necessária, e isso unicamente para que a esquerda, dominante em nossas universidades, mídia, meio artístico e judiciário, pudesse causar o caos e, assim, desestabilizar o governo Bolsonaro.
Com esse propósito em mente, os articuladores e defensores do isolamento e da rejeição da hidroxicloroquina estão condenando milhões à miséria e, em muitíssimos casos, à morte. Mas, como a história nos mostra, a esquerda nunca se preocupou com isso.
Mas voltemos à questão da qual devemos partir: Será que estamos diante de algo que se poderia denominar “ciência”? Ou, quem sabe, será que tais pretensões não apenas não são científicas (pois fundadas em idiossincrasias políticas), mas são, inclusive, lesivas à verdadeira ciência?
Façamos, primeiramente, o seguinte. Ao invés de simplesmente evocarmos o termo “ciência” como um mantra (a exemplo do que tem sido feito pelos grandes complexos midiáticos), vejamos o que é, em linhas gerais, ciência.
Dado que não estamos escrevendo um artigo acadêmico, deixemos de lado questões de metodologia, e outras, para focarmos em um aspecto fundamental da ciência, qual seja, sua motivação.
Assim, sua motivação foi colocada de forma esclarecedora pelo Filósofo grego Aristóteles, especialmente quando ele afirma que “todos os homens têm, por natureza, desejo de conhecer”. Noutros termos, é da nossa essência, enquanto humanos, o desejo pelo saber. Por isso buscamos pela verdade.
No desenvolvimento de nosso conhecimento aperfeiçoamos, por exemplo, técnicas que nos permitiram criar artefatos úteis ao nosso conforto, vacinas que nos auxiliaram na prevenção de doenças que no passado eram causa de incontáveis mortes, medicamentos que curam doenças outrora devastadoras, etc.
Um dos aspectos de nosso avanço científico reside em nossa busca pela resolução de problemas. Nessa busca desenvolvemos teorias cujo propósito é solucionar tais problemas (o que envolve, inclusive, um papel ativo de nossa imaginação).
Às vezes a solução de um problema acaba sendo a resolução de outro problema, o qual não estava previsto inicialmente. Mas a pesquisa e a imaginação “livre” (de ideologias, por exemplo) acabam levando a um “eureca” por parte dos cientistas.
Nesse momento esse “eureca” foi exclamado por cientistas como Paolo Zanotto, Didier Raoult, Nise Yamaguchi, Marcos Eberlin, Annalisa Chiusoloa e Vladimir Zelenko, os quais descobriram que o uso da hidroxicloroquina na fase viral do COVID-19 pode (possui altíssima probabilidade) evitar a temida infecção (e óbito).
Ou seja, descobriu-se que um fármaco voltado inicialmente para o tratamento da malária poderia ser eficiente contra o COVID-19: “Eureca”!
Com efeito, essa descoberta nos aponta para um dos aspectos centrais da ciência, qual seja, ela se distingue do dogma.
Nesse sentido, ela nem é infalível nem possui validade absoluta (especialmente, mas não apenas, na área da saúde). Portanto, ela sempre é, para remetermos a um dos mais importantes filósofos da ciência do século XX, Sir Karl Popper, falseável. Daí advém sua oposição ao dogma (do qual a indubitabilidade é uma característica fundamental).
Dessa maneira, parece-nos que a atual manipulação do termo “ciência” (para desqualificar o uso da hidroxicloroquina) tem como propósito unicamente dar aos seus partidários um aspecto de “infalibilidade”.
Por essa razão escutamos muitos prefeitos e governadores afirmando, a plenos pulmões, que estão “seguindo a ciência”.
Ora, se estão verdadeiramente seguindo a “ciência”, por que não leem as dezenas de artigos que esclarecem o altíssimo percentual de sucesso do uso antiviral da hidroxicloroquina?
Por que ignoram a experiência mesma, isto é, os inúmeros, e crescentes, relatos de médicos que estão aplicando com sucesso a medicação na fase viral da doença?
Por que ignoram que muitas associações médicas, não apenas no Brasil, começaram a adotar como protocolo o uso da hidroxicloroquina na fase inicial da doença por COVID-19?
Por que ignoram que os “argumentos” que pretendem desqualificar a hidroxicloroquina não se sustentam?
Isso nos leva, inevitavelmente, à questão que não pode ser ignorada: aqueles que se opõem ao uso da hidroxicloroquina estão realmente se baseando em ciência? Ou, quem sabe, suas motivações são mais sinistras e, mesmo, hediondas?
Antes de respondermos essa questão lembremos um caso que não deve ser esquecido, a saber, o do “experimento” realizado em Manaus por “pesquisadores” cujo objetivo era “provar” a letalidade da hidroxicloroquina.
Com o propósito previamente estabelecido de demonstrar que a hidroxicloroquina é fatal, que fizeram tais “pesquisadores”?
Ora, não apenas usaram uma versão mais tóxica do medicamento, mas aplicaram 4 vezes a dose recomendada. O resultado, não poderia ser diferente, foram vários óbitos. E cabe observar que eles o fizeram não como o recomendado, isto é, em casos iniciais, mas em pessoas gravemente debilitadas com a doença.
Detalhe importante: os perfis dos ditos “pesquisadores” passaram a circular pelas redes sociais, de tal forma que podemos constatar que todos são ativistas de partidos de esquerda (sobretudo do PT); e, não poderia faltar, publicam muitas postagens anti-Bolsonaro.
Nesses perfis não há qualquer discussão científica, mas apenas proselitismo político de esquerda.
Portanto, é legítimo perguntar: tais “pesquisadores” agiram motivados pela busca da verdade ou pelas suas idiossincrasias ideológicas?
Se eles pretendiam causar prejuízo ao uso da hidroxicloroquina eles lograram alcançar certo sucesso, pois contribuíram para engendrar a desinformação segundo a qual a hidroxicloroquina é letal. Com isso talvez tenham atrasado o avanço para o tratamento da doença e, mesmo, a ciência.
Mas o que devemos reconhecer é o seguinte: para a esquerda não importam fatos e boas razões. Importa sua causa. Basta ver que, quando é do seu interesse, eles abandonam propositadamente a ciência e assumem, escancaradamente, a mera ideologia, tal como no caso da daninha ‘ideologia de gênero’.
A mesma esquerda que se diz embasada pela ciência em defesa do isolamento e em “resistência” ao uso da hidroxicloroquina, simplesmente a ignora quando o assunto é defender, por exemplo, que a sexualidade é “construída”, “fluída”, como se não houvesse fatos objetivos acerca da natureza biológica humana.
Nesse ponto, para a esquerda o que importa é “como nos sentimos”. Daí eles partirem, quanto a esse ponto, de uma das mais estúpidas afirmações que encontramos no anedotário filosófico, a saber, aquela escrita em 1949 por Simone de Beauvoir, segundo a qual “ninguém nasce mulher: torna-se mulher. Nenhum destino biológico, psíquico, econômico define a forma que a fêmea humana assume no seio da sociedade”.
Observem: ela simplesmente descarta a biologia (a ciência) para poder separar ‘sexo’ de ‘gênero’, uma separação que serve de base para os ideólogos da nefasta “ideologia de gênero”.
Tal passagem, com efeito, não possui qualquer fundamento que não seja uma ideia ... uma ideia que simplesmente (e sabe-se lá em que contexto) surgiu na cabeça de sua autora.
Esse é um dos aspectos centrais da ideologia: ela ignora os fatos, as razões, a ciência, etc, para dar sustentação a teses desprezíveis e, muitas vezes, insanas, oriundas de mentes perturbadas como a de Foucault (apenas leiam sua biografia, juntamente com alguns de seus textos, e me digam se se trata de alguém que pode ser realmente levado a sério), cuja influência no debate sobre sexualidade é evidente.
Dessa forma, nossa sexualidade envolve, também e sobretudo, aspectos biológicos (físicos) que independem absolutamente de como nos sentimos com relação a isso.
Além do dimorfismo sexual (das diferenças físicas entre homens e mulheres, as quais podem ser disfarçadas de forma impressionante, como o fazem muitos travestis, os quais muitas vezes se assemelham a mulheres), há um aspecto mais profundo das diferenças entre homens e mulheres: o dimorfismo cerebral, o qual é muito mais complexo e envolve questões ainda estudadas de forma incipiente por endocrinologistas.
Sim: não basta se vestir e maquiar como mulher para ser mulher: há aspectos endocrinológicos complexos difíceis de serem alterados, os quais fazem parte de um campo que começa a ser explorado pela endocrinologia.
Noutros termos, não há como revogar a biologia, assim como não há como revogar a lei da gravidade para evitar que as pessoas caiam.
Foi ao reconhecer esse fato que o zoólogo evolucionista Matt Ridley, em seu estudo “Nature via Nurture”, por exemplo, esclareceu que “hoje ninguém nega que homens e mulheres são diferentes não só na anatomia, mas também no comportamento (...) há diferenças mentais e físicas consistentes entre os sexos”.
Outro autor fundamental para esse debate é Simon Baron-Cohen, o qual demonstrou (de forma consistentemente documentada) as diferenças existentes até mesmo entre nenéns de sexos diferentes.
Ou seja: a biologia atua em todos os momentos da vida, marcando as diferenças entre os sexos mesmo em nenéns.
Outro estudo seminal sobre o tema, cabe acrescentar, é a edição de outono de 2016 da ‘The New Atlantis: A Journal of Technology and Society’, um relatório intelectualmente robusto que demonstra, dentre outras coisas, que “identidade de gênero não é, de forma alguma, independente do sexo biológico”.
E há, ainda, o impressionante livro ‘When Harry Became Sally: Responding to the Transgender Moment’ (2018), de Ryan Anderson, o qual esclarece, não a partir de ideias, mas de razões e da ciência, que todas essas teorias (queer) que separam ‘gênero’ de ‘sexo’ são intencionalmente confusas e obscuras, pois não possuem fundamento científico algum.
No entanto, embora exista vasta bibliografia científica sobre o tema, eis que o “ativista” de esquerda busca outras fontes (“sentimentos”) e, mesmo, rejeita a ciência (afinal, a ciência é frequentemente ‘politicamente incorreta’, bem como, segundo eles, “branca, masculina e heteronormativa”) em sua defesa da separação entre ‘gênero’ e ‘sexo’.
Então, vejam a contradição inerente à esquerda: quando lhes interessa, evocam (e distorcem deliberadamente) a ideia de ciência; quando não lhes interessa (como no caso da ‘ideologia de gênero’), desprezam-na de forma escancarada.
Em ambos os casos estupram a ciência.
Mas isso ocorre porque a esquerda não busca pela verdade, pelo saber. Eles têm uma agenda, propósitos previamente estabelecidos. E, para alcança-los, vale tudo.
E nesse momento, no Brasil, sua causa declarada é a “destruição do governo Bolsonaro”. Não apenas isso, a ideia é “criar” narrativas contra as posições de Bolsonaro e Donald Trump, ambos defensores do uso devido da hidroxicloroquina e da reabertura da economia. E, claro, ambos são considerados liberais e conservadores.
Mas vejam: o uso que esses ativistas estão fazendo do termo “ciência” não apenas causará a morte de muitos indivíduos aos quais será impedido o acesso a um medicamento que pode lhes salvar a vida (até esse momento o mais eficiente no combate ao COVID-19). Talvez ainda mais grave é a destruição da imagem da ciência mesma. Tal dano à imagem da ciência, na história recente, foi causado, por exemplo, pelo nazismo.
Os experimentos ditos “científicos” realizados em campos de concentração atrasaram terrivelmente a ciência em algumas áreas. Por exemplo, por décadas o estudo de gêmeos foi um tabu, graças aos experimentos hediondos de Joseph Mengele.
Robert Proctor (“The Nazi War on Cancer”, 1999) também mostra que os pesquisadores na área da saúde pública nos USA demoraram para estabelecer uma relação entre tabagismo e câncer, pois os nazistas foram os primeiros a estabelecerem essa correlação.
Manfred Laubichler (“Frankenstein in the land of Dichter and Denker”, 1999) esclarece que o nazismo, com seus experimentos abomináveis, causou um atraso na ciência biomédica na Alemanha pós-guerra.
Em todos esses casos o mal uso feito da ideia de ciência, pelos nazistas, levou a uma injusta rejeição da ciência mesma.
Observem, então, a gravidade do que está ocorrendo nesse momento. Na medida em que as pessoas forem se apercebendo da eficiência da hidroxicloroquina, elas irão olhar com desconfiança (eventualmente com ódio, especialmente se perderam familiares e pessoas próximas) para a ciência.
Na medida em que pessoas sofrerem e morrerem porque lhes é negada a medicação, a qual possui potencial de prevenção e cura da doença causada pelo COVID-19, e isso em nome de uma suposta “ciência”, teremos, a exemplo do que ocorreu após a derrota do nazismo, uma ciência no banco dos réus, acusada (injustamente) de ter contribuído com esse outro crime de lesa humanidade que estamos testemunhando presentemente.


Carlos Adriano Ferraz. Graduado em Filosofia pela Universidade Federal de Pelotas (UFPEL), Mestre em Filosofia pela Universidade Federal de Santa Maria (UFSM), doutor em Filosofia pela Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUCRS), com estágio doutoral na State University of New York (SUNY). Foi Professor Visitante na Universidade Harvard (2010). Atualmente é professor da Universidade Federal de Pelotas (UFPEL) na graduação e no Programa de Pós-Graduação em Filosofia, no qual orienta dissertações e teses com foco em ética, filosofia política e filosofia do direito. Também é membro do movimento Docentes pela Liberdade (DPL), sendo atualmente Diretor do DPL/RS.
















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