Guilherme Fiuza lança ensaio sobre a derrocada do PT
Em seu novo livro, o jornalista Guilherme Fiuza mais uma vez aponta sua crítica para a corrupção capitaneada pelo PT durante seu período na presidência da República. Relato inédito, documentado e bem-humorado, Manual do covarde cobre o período que começa com impeachment de Dilma, passa pela operação Lava-Jato e chega até a prisão de Lula, em abril de 2018.
No texto, Fiuza ensina o modus operandi daqueles que considera os covardes: personagens que simulam altruísmo para obtenção de ganhos pessoais, e que estão em todas as esferas da sociedade, não somente na política. “Dedico especial atenção aos do STF, do Ministério Público, das artes (sic), dos partidos que se dizem de esquerda, enfim, pra onde você olhar você vai encontrar um cafetão da bondade patrulhando o inimigo imaginário e se dando bem com isso”, explica o autor em entrevista ao Blog da Record.
Fiuza pode ser considerado um antipetista de primeira hora: sua obra é um registro de quem nadou contra a maré do partido desde o primeiro governo Lula até o impeachment de Dilma. Entre os textos assinados por ele durante este tempo estão por exemplo os livros Não é a mamãe – Para entender a era Dilma (2014) e Que horas ela vai? O diário da agonia de Dilma (2016), que reúnem dezenas de artigos publicados semanalmente na imprensa brasileira.
ORELHA
Conheci o Guilherme Fiuza quando ele se chamava Salomão Antunes. Foi lá atrás, na virada do século, no lendário site NoMínimo – um dos primeiros jornalísticos da internet, do qual eu era colunista.
Na verdade, tratava-se de um personagem criado pelos grandes Marcos Sá Corrêa e Tutty Vasques para Fiuza, então um jovem editor vindo de O Globo – que passou assim a encarnar um velho homem de imprensa encostado na seção de cartas. “Salomão” respondia aos leitores sempre de forma categórica e contraditória, e as patrulhas nunca sabiam de que lado ele estava. Foi divertida aquela pré-história da interatividade.
De lá para cá, Fiuza se tornou um best-seller, com sucessos como Meu nome não é Johnny (na literatura e no cinema), Bussunda, O Império do Oprimido e outros. E também um dos jornalistas mais influentes do país, decisivo no desmascaramento dos governos petistas – cuja delinquência ele expôs durante uma década nas suas colunas no Globo e na Época.
Aliás, nosso primeiro reencontro foi na famigerada lista negra do PT, onde estávamos bem acompanhados por outros sete nomes da imprensa e das artes que o partido convidava sua militância a perseguir. Isso foi quando eles ainda achavam que ficariam no poder para sempre.
O leitor pode estar perguntando, então, se este Manual do covarde é um livro do jornalista ou do escritor. Respondo: dos dois.
Esta é a crônica política do esfacelamento de Lula, o mito – passo a passo, com toda a teia da covardia politicamente correta que vive pendurada nele. Como se extrai literatura disso? Bem, aí só entrando pra ver.
Quanto maior a zombaria dos impostores, maior o sarcasmo do autor ao arrancar seus disfarces solenes. Destaque para o thriller da conspiração entre um procurador-geral e um caubói, com a bênção da corte suprema e de parte da imprensa, que Fiuza apontou sabendo o preço a pagar.
Nosso novo reencontro, aliás, foi nesse front. São as oportunidades que a covardia nacional nos dá. Entre e venha conhecê-la de perto. (Augusto Nunes)
NOTA DO AUTOR
“Meio século após a explosão da contracultura – os loucos anos 60 –, o mundo vive um novo despertar político.
Ele é especialmente forte no Brasil – e contém um elemento sem precedentes: sua força está na sua falsidade.
É a primeira revolução fake da história.
Em 1968, escolher um lado do Muro de Berlim podia custar a vida. Passados 50 anos, seus problemas acabaram: você pode ser um herói de esquerda sem sair do Facebook.
O Manual do covarde é uma crônica desse falso despertar – espécie de feira politicamente correta – e sua escalada febril do impeachment de Dilma à prisão de Lula.
Se cada vez mais gente finge ter uma causa (a chamada minoria esmagadora), este livro também finge ser um manual – que vai te ensinar a ciência deles: como ficar sempre bem na foto sem precisar tirar a máscara.
De Lula a Bono Vox, de Maduro ao papa, do STF à MPB, do PT a Hollywood, biografamos para você as melhores farsas do século 21.
Aprenda com quem faz.”
DM Entretenimento
extraídaderota2014blogspot
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