PERCIVAL PUGGINA
PT
e MDB negociam secretamente uma aliança com vistas ao segundo turno da
disputa presidencial. Pelo PT, a iniciativa foi de José Dirceu,
ex-ministro da Casa Civil de Lula, logo após ser solto por ordem da 2ª
Turma do Supremo Tribunal Federal. As conversas iniciais foram com
políticos nordestinos do MDB. Oficialmente, eles alegam a necessidade de
“garantir a governabilidade” de um eventual governo Haddad (PT). Mas a
razão primordial é outra: enfrentar a Lava Jato e reverter prisões. A
informação é da Coluna Cláudio Humberto, do Diário do Poder.
COMENTO
Há muito tempo a Lava Jato inspira decisões importantes nos três Poderes de Estado. A operação promovida em Curitiba influencia o Congresso Nacional, fez e desfez a base de apoio de Dilma e, posteriormente, produziu o mesmo efeito na base de apoio de Temer; tem motivado cenas hilárias nas sessões do STF e decisões monocráticas que jogam reputações na lixeira. Agora, impulsiona previsíveis arranjos de bastidor para o segundo turno da eleição presidencial, cujo desfecho ocorrerá em 28 de outubro, ou seja, dentro de 45 dias. O acordo PT-MDB nada mais é do que a velha fórmula que deu sucessivos mandatos ao PT, algemou o PMDB ao PT e catapultou o mundo dos negócios escusos para o nível que fez surgir a Lava Jato. Como se vê, a Terra é, mesmo, redonda.
Aliás, em vários estados, PT da Dilma e MDB do Temer dão-se os braços, trocam alianças, fazem juras e traçam planos em conjunto para a retomada, também, do poder local.
EXRAÍDADEPUGGINA.ORG
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