MIRANDA SÁ
“Antigamente canonizávamos nossos heróis. O método moderno é vulgarizá-los”. (Oscar Wilde)
A
minha geração familiar recebeu dos avoengos as lições básicas de
respeito à evolução natural que chamamos a Lei da Vida, sem qualquer
tipo de coerção. Fluíam esses ensinamentos no rito de passagem de pais
para filhos, sem que nos déssemos conta disso.
Eu,
minha irmã e primos (mais de vinte) aprendemos em casa o amor pela
Pátria e o orgulho pelos heróis que a construíram e nos legaram. Adoto
por princípio até hoje estes ensinamentos, até por capricho; conheci
muitos países e convivi com outros povos, e me convenci de que o que foi
bom para os ancestrais será para as próximas gerações.
Cresceu,
porém, no século passado, a visão negativista de que Pátria e herói são
coisas abstratas; e como esta ideia insensata veio embrulhada junto à
utopia do coletivismo e da igualdade, num pacote envolvido de papel
celofane colorido enfeitado de fitas, convenceu a fração social dos
medíocres alguns até dom títulos acadêmicos!
Estes
pobres de espírito, seguidores da banalização da Pátria e dos heróis,
fazem de tudo para o triunfo desta idiotice: polarizam a política entre
direita e esquerda, dividem a sociedade entre brancos e negros, atiçam
rivalidades religiosas, incentivam o desrespeito às leis e até mudam o
significado das palavras…
O
desvirtuamento da língua que Rui Barbosa tanto criticava mostrando-o
como sinal da degeneração de uma nação ouvimos de suas bocas e lemos nos
seus escritos.
“Herói”
é uma pessoa audaciosa, corajosa, destemida, notável, ousada, valente…
O verbete dicionarizado é um substantivo masculino, com versão
feminina, “heroína”. Sua origem é grega, “heros”, que adotada no Latim
por Virgílio, é Hërös.
Vem
de tempos muito antigos a veneração e o respeito aos heróis. As
diversas mitologias reverenciam os heróis como um mortal divinizado por
ser filho de um deus ou uma deusa com um ser humano. Era considerado um
semideus.
Transmitida
através dos séculos a referência aos heróis, criou-se nos corações e
mentes dos brasileiros nascidos de pai e mãe, não de chocadeira, a
memória e o culto dos nossos heróis, a partir dos tiveram um papel
fundamental na nossa formação, o branco, o índio e o negro representados
por André Vidal de Negreiros, Filipe Camarão e Henrique Dias,
resistentes ao domínio das Companhia das Índias Ocidentais.
São
também inesquecíveis as heroínas Anita Garibaldi, Bárbara Heliodora,
Branca Dias, Dandara dos Palmares, Joana Angélica, Maria Quitéria e
Nísia Floresta. Guardamos na memória Cândido Rondon, Caxias, Frei
Caneca, Osório e Tiradentes…
Estes
heróis e estas heroínas dedicaram-se a defender a integridade
territorial do Brasil e o interesse nacional, mantendo a ética, a
decência e a moral, palavras que não constam dos manuais do lulopetismo,
transformador de assaltantes do erário em heróis do PT e seus
puxadinhos.
Os
tempos modernos trouxeram novas definições protagônicas de heróis na
literatura, no teatro, no cinema; dos quadrinhos surgiram super-heróis,
personagens fictícios, e dos desenhos animados, heróis animais…
Mas
nos entristece ver que há brasileiros – felizmente um grupo cada vez
mais diminuto – que deturpa o verdadeiro conceito de herói, infamando-o e
desonrando-o ao cultuar como tal o corrupto Lula da Silva condenado por
corrupção, lavagem de dinheiro e formação de quadrilha.
Esta
ignomínia nos leva a Castro Alves, no seu “Navio Negreiro” – “(…)é
infâmia demais! … Da etérea plaga / Levantai-vos, heróis do Novo Mundo! /
Andrada! Arranca esse pendão dos ares! / Colombo! Fecha a porta dos
teus mares! ”
EXTRAÍDADETRIBUNDADAIMPRENSASINDICAL
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