Ronaldo D'ercole - O Globo
Com o décimo corte consecutivo da taxa Selic, que recuou de 7,5% para 7%, o
menor nível da série histórica iniciada em 1986 pelo Banco Central, o
Brasil caiu uma posição no ranking dos países que praticam os maiores
juros reais do mundo, passando do terceiro para o quarto lugar.
De acordo com lista, que é compilada pelo site Moneyou e pela Infinity
Asset Management, com o corte de 0,5 ponto percentual na Selic anunciado
pelo Comitê de Política Monetária (Copom) nesta quarta-feira, o juro
real no país passa a ser de 2,88% ao ano.
Essa taxa só é inferior ao juro real de 5,87% vigente atualmente na
Turquia, o mais alto do mundo, aos 4,18% da Rússia, e aos 3% da
Argentina. Ao todo, o ranking lista os juros reais (calculados com
abatimento da inflação prevista para os próximos 12 meses) em 40 países.
Na América Latina, as taxas brasileiras superam a do México (1,61%), da
Colômbia (0,84%) e o Chile (0,05% ao ano). Entre as maiores economias
emergentes, ainda, a China aparece na sexta posição, com taxa real de
2,0%, a Índia em oitavo, com 1,54%, e a África do Sul, a nona, com
1,46%.
O economista responsável pela elaboração do ranking, Jason Vieira,
observa que dos 40 países analisados, em 23 deles a taxa de juro real
está negativa neste momento.
— Por isso, a média de juros reais está negativa em 0,10% pelo critério global — diz Vieira.
extraídaderota2014blogspot
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