Jornalista Andrade Junior

sexta-feira, 4 de agosto de 2017

A quinta coluna do crime no Brasil

Antonio Greggio

As organizações criminosas no Brasil já constituem Estados paralelos,
com seus próprios territórios, governos, leis, finanças e milícias
armadas. Estão imbricadas na política e mantêm relações com
narcotráfico e terrorismo no exterior. Mas não chegam a monopolizar o
anárquico mundo do crime. Apenas funcionam dentro dele. Ao seu redor
enxameiam inúmeros grupos e indivíduos avulsos com carta branca para
atacar à vontade o “inimigo” comum, ou seja, a sociedade produtiva e
civilizada. O Brasil vive uma guerra civil de facto, guerra que não é
fortuita, mas tem causas e responsáveis bem definidos. Em artigos
anteriores, creio haver demonstrado a óbvia relação entre o atual
regime político brasileiro e a criminalidade. Não se trata de meta
intencional – afinal, os políticos não são loucos – mas de
consequência inevitável da inserção dos direitos humanos no texto
constitucional. É impossível combater eficazmente o crime sem derrogar
essa desastrada constituição. Mas o fim da constituição seria suicídio
para os políticos, portanto vão espernear para mantê-la. Consequência:
o regime brasileiro vai naufragar na guerra civil, junto com a sua
constituição.

Para evitar essa fatalidade, os políticos, no desespero, apelam para o
Exército, que aceita a missão porque prevista no art. 142 da
constituição, sob a rubrica da garantia da lei e da ordem (GLO). Em
recente entrevista, o Gen. Villas Bôas, Comandante do Exército,
mencionou esse imperativo constitucional e discutiu as duas principais
frentes no combate ao surto de criminalidade: o controle das
fronteiras e a repressão e prevenção interna. Mas não se discutiu o
tema mais importante: a terceira frente, que denominaremos a quinta
coluna do império do crime. O Comandante certamente a conhece muito
bem, mas a entrevista não era o lugar e a hora de abordar o incômodo
assunto. Nós, porém, do INCONFIDÊNCIA, vamos tratar dela, porque nossa
missão é essa mesma: mexer com o “imexível”. Leia o artigo até o fim,
caro leitor.

O controle das fronteiras é necessário porque a logística do império
do crime depende do tráfico de narcóticos e do contrabando de armas.
Mas não é suficiente. O combate ao império do crime só será efetivo
mediante eficaz repressão e prevenção interna com o objetivo de
destruir seus núcleos e redes de comando e controle. Acontece que os
comandos do crime estão profundamente enraizados nas comunidades
criminógenas das cidades brasileiras. Não é, portanto, problema
militar ou policial, é o principal problema social do Brasil, é
consequência da degeneração demográfica e da constituição de 1988.
Para resolvê-lo, portanto, o Brasil precisa duma revolução.

Para avaliar o problema, vamos começar pelas comunidades criminógenas.
Um dos principais obstáculos ao combate ao crime no Brasil é o
desconhecimento da real natureza do crime violento. Para entender o
crime como fenômeno macro, há que entender o micro, que é o perfil do
criminoso típico.

O perfil do típico do criminoso violento é semelhante em todos os
países: (1) Em mais de 90% dos casos, é homem. Mulheres raramente
cometem crimes violentos. (2) É jovem. Mais de 80% dos crimes
violentos são cometidos por indivíduos entre 13 e 24 anos. (3) É filho
de mãe solteira ou abandonada, criado sem o pai. (4) Vive em
comunidades pobres, que dependem de ajuda do governo para sobreviver.
(5) Tem baixo rendimento escolar e raramente conclui o curso básico.
(6) É desempre­gado crônico. (7) Possui baixo nível de inteligência.
(8) É impulsivo e descontrolado. (9) Apresenta nível de testosterona
acima do normal.

O fator fundamental da criminalidade é a baixa inteligência.
Observações feitas em vá­rios países demonstram, sem dúvida, que o
típico criminoso violento tem QI entre 90 e 80, ou seja, abaixo do
normal. Esses estudos foram conduzidos na Europa e nos Estados Unidos,
onde o QI médio da população é próximo de 100.

Ao transpor esses dados para o Brasil, surge um problema: o nível
“abaixo do nor­mal” naqueles países é o nível “normal” no Brasil. O QI
médio da população brasileira é inferior a 87, portanto está na faixa
potencialmente criminosa.

A baixa inteligência da maioria da população é a causa material não só
da criminalidade, mas de todos os problemas ditos “sociais”. Pobreza,
imprevidência, incapacidade de constituir família estável, baixo
rendimento escolar, dependência da ajuda do governo, desemprego
crônico, tudo isso está correlacionado com a incapa­cidade cognitiva.
QI baixo não é simples deficiência como a surdez ou a miopia, que só
afeta aspectos parciais da vida. O nível de inteligência condiciona
to­dos os aspectos da vida. Populações com baixo QI médio tendem a ter
SES (status econômico-social) proporcionalmente baixo. No Brasil
altamente urbanizado do século 21, elas se concentram em favelas nas
quais se formam comunidades potencialmente criminosas, ou comunidades
criminógenas. Na forçada proximidade da favela com a cidade que as
rejeita, a humilhante comparação – dum lado, miséria, ignorância,
feiura e sujeira, do outro a vida civilizada – gera insuportáveis
ressentimentos cuja resultante é o crime, que, para o jovem favelado,
não é crime, é guerra, é a suprema maneira de ser alguém.

Mas a baixa inteligência não é, por si só, determinante do crime. Há
países em situação pior que o Brasil, tanto em termos de QI médio como
de pobreza, com índices de criminalidade bem menores que o nosso. Deve
haver no Brasil algum outro elemento criminógeno que se combina com a
baixa inteligência. Pois, como dissemos, as populações de baixa
inteligência são fator necessário, mas não suficiente para os elevados
índices de cri­minalidade. Para completar o quadro, temos de
considerar os outros fatores: o incen­tivo ideológico, a anomia e a
impunidade intencional proporcionada pelo sistema político que
inventado pela constituição de 1988.

O narcotráfico e as organizações criminosas, portanto, não são a causa
da criminalidade, são simples derivações da degeneração demográfica
ativada e explorada pela quinta coluna do crime no Brasil. Quinta
coluna, como se sabe, é qualquer rede de traidores, sabotadores, e
agentes de influência a serviço do inimigo. No Brasil, a quinta coluna
do crime é a mídia, as ongues, a oabê, as pastorais, a intelectualha,
os políticos, toda essa gente que defende os criminosos, difama a
polícia, acoberta o tráfico, desarma a população e faz campanhas
idiotas contra a “violência”. A quinta coluna do crime é a causa
eficiente, a responsável pelos milhões de homicídios, estupros,
assaltos e outros flagelos que infelicitam a vida dos brasileiros. Não
por acaso, também são responsáveis por todos esses movimentos de
degradação moral, de dissolução da família, de invasões, de usurpação
da nossa soberania. São muitos, são financiados do exterior, trabalham
contra o Brasil, são, em resumo, traidores, inimigos da Nação.

Enquanto a quinta coluna do crime não for suprimida, nem a repressão e
prevenção internas, nem o controle das fronteiras, serão efetivos.




































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