Jornalista Andrade Junior

sexta-feira, 10 de fevereiro de 2017

“É injustificável os policias escudarem-se em seus familiares”, diz general

Contas Abertas

Para o general de Divisão que se encontra na reserva, Cândido Vargas de Freire, é injustificável os policias escudarem-se em seus familiares e permanecerem, por tanto tempo, fora de ação, permitindo o desembocar do caos. “Esse contexto ilegal abre um precedente gravíssimo para a segurança pública e social, não só para o Estado do Espírito Santo, mas, também, para o restante do país”, explica Freire.
O Espírito Santo está sem PMs nas ruas desde sábado (4), o que desencadeou uma onda de violência que deixou 113 mortos. Escolas, postos de saúde e ônibus seguem sem funcionar na Grande Vitória e em outras regiões do estado.
A paralisação da PM acontece em razão de mães, esposas e irmãs resistirem e impedirem a saída dos policiais militares para o policiamento. Elas estão acomodadas em tendas e barracas na frente de Batalhões e Quartel da Polícia Militar na Grande Vitória e em cidades do interior do Espírito Santo.
De um lado, elas enfrentam a hostilidade de parte da população que discorda do movimento por estar à mercê da violência. De outro, veem no caos instaurado a única maneira de lutar por aquilo que consideram de direito de seus familiares.
O secretário de Direitos Humanos do Espírito Santo, Julio Pompeu, disse que o prazo para os policiais militares aceitarem a proposta do governo terminou às 6h desta sexta-feira (10). Com isso, segundo ele, a mesa de negociações com as lideranças do movimento "perde sentido".
Para o general, se após as decisões judiciais e após as ações das forças legais a ordem pública não for restabelecida, só restará uma intervenção federal na capital capixaba e nas demais cidades afetadas, nos limites constitucionais. “Para evitar isso, sugiro que uma decisão judicial firme e rápida seja tomada e uma ação rapidíssima, sobre as referidas lideranças desleais, sejam executadas”.
O general Freire afirmou ao site da Contas Abertas que não dispõe de dados preciso sobre o Espírito Santo. No entanto, uma situação grave como essa, indica a existência de antecedentes políticos e administrativos.
Experiência
Como Secretário de Estado de Segurança Pública do Ceará, o general teve uma experiência semelhantes. Os policiais estavam violentamente revoltados com as péssimas condições de trabalho e, também, com os baixos salários. Havia, ainda, embutido no contexto, interesses políticos de uma liderança desleal, além de focos perturbadores de corrupção. “O meu Governador, já na sua segunda gestão, com experiência e com informações detalhadas a respeito, deu-me algumas diretrizes, que, por certo, foram o sustentáculo do sucesso da nossa intervenção”, afirma.
Veja o que foi realizado na oportunidade:
1) Não negociar com os revoltosos;
2) Buscar, dentro das corporações policiais, lideranças leais às leis e verdadeiros defensores das suas respectivas corporações e, portanto, sem nenhum vínculo político;
3) divulgar, claramente, à mídia que, num país democrático, onde se vive no estado do direito, os revoltosos eram descumpridores da lei e, portanto, criminosos;
4) A justiça do Estado deveria se pronunciar a respeito, com urgência, por solicitação do próprio Governador;
5) Após a decisão judicial, toda a ação necessária deveria ser planejada e executada, contra os tais revoltosos, com a força necessária, iniciando pela negociação.















extraídaderota2014blogspot

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