Por Hugo Marques, na VEJA.com:
A Vigilância Sanitária do Distrito Federal encontrou vários focos do mosquito transmissor da dengue dentro das instalações do estádio Mané Garrincha, uma das doze arenas que receberão jogos da Copa do Mundo e, ironicamente, a que mais consumiu dinheiro público. A descoberta se deu em março e vinha sendo mantida sob sigilo pelo governo local. Larvas do Aedes aegypti, o mosquito transmissor, foram descobertas ao redor do gramado e também próximo às traves. Segundo o gerente de Vigilância Ambiental, Vetores e Animais Peçonhentos da Secretaria de Saúde, Júlio César Trindade de Carvalho, havia água infectada em diversos lugares do estádio.
A Vigilância Sanitária do Distrito Federal encontrou vários focos do mosquito transmissor da dengue dentro das instalações do estádio Mané Garrincha, uma das doze arenas que receberão jogos da Copa do Mundo e, ironicamente, a que mais consumiu dinheiro público. A descoberta se deu em março e vinha sendo mantida sob sigilo pelo governo local. Larvas do Aedes aegypti, o mosquito transmissor, foram descobertas ao redor do gramado e também próximo às traves. Segundo o gerente de Vigilância Ambiental, Vetores e Animais Peçonhentos da Secretaria de Saúde, Júlio César Trindade de Carvalho, havia água infectada em diversos lugares do estádio.
Os
técnicos responsáveis pelas inspeções produziram um relatório detalhando
a situação. O documento foi encaminhado à cúpula da secretaria. Como
medida de emergência, agentes sanitários têm trabalhado no estádio desde
o mês passado, aplicando inseticidas nas áreas onde foram encontrados
os focos do mosquito. Na manhã desta sexta-feira, uma nova inspeção foi
realizada.
As larvas
se espalharam principalmente pelas valas de escoamento localizadas na
lateral do gramado. São justamente as canaletas que deveriam impedir o
acúmulo de água que têm contribuído para a disseminação do mosquito.
Também foram encontradas larvas do mosquito nos buracos onde são
fincadas as duas traves do campo. O mosquito se reproduz em água parada.
Havia
ainda larvas do mosquito na área externa do estádio. “Encontramos focos
em três locais: nos buracos onde se encaixam as traves do gol, no campo e
nas canaletas de escoamento do gramado, que têm caixas de retenção de
água, e nos canteiros de obras que ainda restam”, diz o agente de
vigilância ambiental Reginaldo Feliciano da Silva Braga, um dos
responsáveis por encontrar os focos.
Estádio
mais caro entre todos os da Copa do Mundo 2014, o Mané Garrincha custou
aos cofres públicos quase 2 bilhões de reais, quase três vezes mais do
que os 700 milhões orçados inicialmente. De acordo com uma auditoria do
Tribunal de Contas do Distrito Federal, a obra foi superfaturada em mais
de 430 milhões de reais.
A arena
tem capacidade para 69.400 torcedores e vai sediar sete jogos da Copa do
Mundo – quatro na fase de grupos, um nas oitavas de final, um nas
quartas de final e a disputa de terceiro lugar. A primeira partida,
entre Suíça e Equador, será no próximo dia 15. A seleção brasileira
jogará no estádio no dia 23 de junho, contra Camarões.
Em
fevereiro, VEJA revelou que, no ano passado, às vésperas da Copa das
Confederações, o governo do Distrito Federal escondeu relatórios
técnicos que alertavam sobre o avanço da doença.
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