Jornalista Andrade Junior

quarta-feira, 5 de março de 2025

O Índice Ovo

 Alex Pipkin


Aludindo à lógica freudiana, “às vezes, um ovo é apenas um ovo”.


O ovo é um alimento básico, altamente nutritivo, rico em proteínas, vitaminas e minerais. Uma vez que ele está presente no dia a dia das pessoas, carrega um forte valor emocional e cultural.


É, às vezes, as coisas são exatamente o que parecem ser. Mas, em terras vermelho, verde-amarelas, seguramente, não é o caso. Não sou economista, embora me esforce e estude muito economia. É sábado, acordei mais relaxado, “sentindo-me tal qual um exímio e reconhecido economista”. Que tal criarmos um indicador econômico bastante simplificado: o Índice Ovo? Esse indicador serviria para medir o poder de compra de nossa moeda, o real, e, portanto, dos brasileiros.


Se consideramos o índice americano “Big Mac”, em janeiro de 2025, esse mostra que o real estava 30,5% desvalorizado em relação ao dólar americano. A situação da taxa de câmbio brasileira, genuinamente, escancara a insegurança e os riscos de um país que dá de ombros para a imperiosa disciplina fiscal, mesmo na comparação com o perdulário e irresponsável governo Biden, nos EUA.


Somente para se ter uma ideia do Índice Ovo, em janeiro de 2025, o preço médio da dúzia de ovos no Brasil era de R$11,45. No início de fevereiro, o preço da mesma dúzia ao consumidor chegou a R$17,00, aproximadamente. Os “especialistas” em ovos informam um aumento de mais de 50% nos preços. Evidente que tal aumento não representa somente problemas na safra… Como a prometida “picanha” é um artigo de luxo, subiu a demanda dos reles mortais pelo “ovo de ouro”, muito embora o presidente falastrão tenhao dito para os brasileiros “não comprarem alimentos caros”!


Esse presidente boquirroto afirmou: “eu sei que o ovo está caro. Quando me disseram que está R$40 a caixa com 30 ovos, é um absurdo”. O grande e nefasto intervencionista estatal-mor mencionou que pretende se reunir com atacadistas para discutir formas de reduzir esses valores. Pensamento mágico e desastroso.


Que desgoverno, que populismo barato, recheado de sectarismo ideológico e de farta incompetência! Do alto de seu despreparo e incapacidade, esse cidadão pensa que o governo pode baixar o preço dos alimentos por decreto, na canetada! Os preços, de fato, são determinados por uma série de fatores, incluindo oferta e demanda, custos de produção, logística e, em especial, impulsionados pela alta carga tributária e pelo próprio e hostil cenário econômico gestado pelo lulopetismo.


Claro que não passa pelos miolos de sua equipe econômica soviete reduzir os impostos, gerar um ambiente econômico que incentive ainda mais a produção agrícola visando a aumentar a oferta e, fundamentalmente, controlar os gastos públicos equivocados e abissais a fim de que não haja um impacto da alta da inflação, a do aumento generalizado dos preços dos alimentos.


O populismo petista, do discurso da retórica fácil, quer fazer crer que a preocupação de Lula está ligada ao dano às classes mais pobres. O problema, sem dúvidas, é estrutural. Porém, sem tais mudanças estruturais na economia, nada de sustentável irá reduzir os efeitos deletérios para os brasileiros, especialmente para os “comuns”.


Pois, além de “relaxado”, despertei pretensioso. Meu caro Freud, em terras tupiniquins, um ovo pode ser mais do que apenas um ovo! De acordo com o meu Índice Ovo, esse alimento básico simboliza, de maneira refinada, o desgoverno petista, perdulário, irresponsável e incompetente, impulsionador da matadora inflação e do aumento do custo de vida dos brasileiros.


Os nativos do pau-Brasil percebem na pele os efeitos do descontrole econômico, que afeta pesadamente seus pratos, barrigas – vazias – e mentes – esvaziadas. O ovo é mesmo dual. A casca do ovo é frágil, representando a pífia situação econômica do desgoverno petista, em que os brasileiros, pelo alto custo de vida, sequer conseguem se alimentar bem, tendo em vista a alta dos preços dos alimentos. A política ideológica petista fragilizou por demais o poder de compra dos brasileiros. Na verdade, a fragilidade da casca representa as instituições e políticas atuais que, apesar de sua aparência de solidez, não conseguem proteger os cidadãos dos efeitos de um custo de vida elevado e de outras pressões econômicas.


Por outro lado, o conteúdo do ovo é rico e valioso. Eu interpreto que os brasileiros estão acordando de um sono profundo quanto à falácia “progressista” petista. A maioria dos nacionais já enxerga, a olhos nus, o esgotamento de políticas públicas populistas e eleitoreiras, aquelas que não são sensíveis às reais necessidades das pessoas, que já não conseguem sequer ter uma dieta alimentar razoável.


Aparenta que os de Macunaíma desejam uma mudança de modelo econômico – representado pelo rico interior do ovo -, aquele que proponha mais liberdades, gere mais oportunidades para todos, tributando menos e criando um ambiente de negócios mais favorável à atividade econômica, à produtividade e àa geração de empregos, de renda e de riqueza.


O povo brasileiro anseia pela potenciação do conteúdo, valorizando mais os indivíduos do que o próprio governo “grande”. Eu não hesito. É esse conteúdo/modelo de política econômica que, factualmente, dará mais proteção real e estabilidade a toda a população brasileira.














PUBLICADAEMhttps://www.institutoliberal.org.br/blog/politica/o-indice-ovo/

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