Jornalista Andrade Junior

segunda-feira, 24 de março de 2025

FATOS E VERDADES

 GILBERTOSIMOESPIRES/PONTOCRITICO


CONSENTIDA TIRANIA

Mais do que sabido, e exaustivamente comentado, desde o momento em que a maioria dos veículos de comunicação -tradicional, ou profissional-, resolveu atuar de FORMA -CONSORCIADA- e, a partir de janeiro de 2023, com o mesmo COMPROMETIMENTO, porém de maneira INFORMAL, mais do que nunca a DEMOCRACIA BRASILEIRA saiu totalmente de cena dando claro e indiscutível lugar a uma CONSENTIDA TIRANIA, do tipo que produz toneladas de INDIGNAÇÃO e REVOLTA  minuto a minuto na mente da empobrecida mente da grande maioria do povo brasileiro.

GÊNERO, NÚMERO E GRAU

Considerando que a quantidade de ABSURDOS, assim como de ILEGALIDADES e INJUSTIÇAS cresce sem parar, impulsionadas pelo avanço desmedido da TIRANIA, o que nos resta, mesmo conscientes de que pouco ou nada adianta, é promover contínua e exaustiva divulgação das VERDADES, devidamente confirmadas em -GÊNERO, NÚMERO E GRAU,- por inúmeros e inquestionáveis FATOS que se sucederam ao longo da última década. 

DOIS TEXTOS

Para tanto sugiro a leitura dos seguintes TEXTOS: o primeiro -QUANDO A DEMOCRACIA E A LIBERDADE "SUBIRAM NO TELHADO, do pensador Percival Puggina; e o segundo -A MULHER DO BATOM NÃO É UMA CRIMINOSA-, do também pensador Roberto Rachewsky. Ambos, obviamente, são totalmente ignorados pela MÍDIA-AMIGA DA TIRANIA.  Eis: 

TEXTO DO PERCIVAL PUGGINA

A eleição de Bolsonaro em 2018 surpreendeu os “estrategistas” da política e da justiça. Como alguém com aquele perfil, sem tempo de TV, de partido nanico e sem dinheiro, poderia se eleger presidente, derrotando as oligarquias políticas tradicionais do país? Como obteve ele esse resultado com um discurso conservador, falando em Deus, Pátria, Família e Liberdade?
 Neste artigo, pretendo rolar o calendário político desde 18 de fevereiro de 2016. Naquele dia, sete dos onze ministros do STF decidiram criar nova jurisprudência, permitindo que réus condenados por órgão colegiado, em grau de recurso (segunda instância), pudessem ser recolhidos para cumprimento de penas privativas de liberdade. Foi quando a Lava Jato viveu um surto de produtividade, atendendo, em fila de confessionário, os pecados próprios e alheios dos penitentes, acompanhados de vultosas restituições de dinheiro roubado. Aquela importante e aguardada decisão – prisão após condenação em segunda instância, que mais tarde valeria contra Lula – foi aprovada com votos de quatro ministros indicados por Dilma (Teori, Fachin, Barroso e Fux), dois ministros indicados por Lula (Cármen Lúcia e Toffoli) e um indicado por FHC (Gilmar).
 No dia 31 de agosto daquele mesmo ano (2016), após três meses de tramitações e numerosas manifestações populares, o Senado Federal aprovou o impeachment de Dilma Rousseff. Tão logo Michel Temer assumiu a presidência, iniciaram as especulações e tratativas sobre a futura eleição presidencial. Em dezembro (2016), as intenções de voto mostravam Lula com 28%, Marina com 17%, Alckmin e Jair com 8% cada um.
Em 12 de julho de 2017, o juiz Sérgio Moro condenou Lula a 9 anos e 6 meses de reclusão por crime de corrupção no caso do triplex de Guarujá. Em novembro, pesquisa Datafolha atribuía a Lula 37% das intenções de voto, 18% a Jair, 8% a Alckmin, 7% a Ciro.
 Em março, já correndo o ano eleitoral, números levantados por CNT/MDA mostravam Lula 33%, Jair 17%, Marina 8%, Alckmin 6%. No início de abril, o TRF 4 confirmou a condenação de Lula pelo caso do triplex e ele foi preso no dia 7. Não obstante, ao longo do ano, as pesquisas continuavam mostrando Lula como candidato. No dia 26 de julho, os partidos do centrão (PSDB, DEM, PP, PRB, PR e Solidariedade), numa tentativa de restaurar o teatro das tesouras, oficializaram apoio a Alckmin.
 Em 15 de agosto, a PGR impugnou a candidatura de Lula. Cabia ao TSE acolher ou não. No entanto, ainda em agosto, uma pesquisa Datafolha atribuía a Lula 39%, Jair 19%, Marina 8%, Alckmin 6% e Ciro 5%. Em 1º de setembro, um mês antes da eleição, o TSE confirmou a impugnação e Fernando Haddad foi ungido candidato do PT. Uma semana antes da eleição, pesquisa contratada pela TV Globo e Folha de São Paulo mostrava, no primeiro turno, Jair vencendo Haddad por 28% a 22%, mas ... perdendo no segundo turno para Haddad, Alckmin e Ciro.
 Foi ali, na mesa do segundo turno da eleição de 2018, entre os dias 8 e 29 de outubro, que a democracia e a liberdade do povo brasileiro subiram no telhado. Foi por seu papel decisivo naquele pleito, mais do que em virtude da COVID, que as redes sociais entraram na UTI e começaram a viver por aparelhos estatais controladores de seus conteúdos e seus visitantes. Contra as malditas redes sociais, antes das quais os donos do poder “eram felizes e não sabiam”, e contra seus usuários, todos os meios se tornaram válidos, inclusive os constitucionalmente proibidos.
 Na derrota para Bolsonaro em 28 de outubro de 2018, foram traçados os planos que tirariam Lula da cadeia e o levariam pela mão, passo a passo, ao exercício dessa presidência grotesca, vivida longe do povo. Difícil imaginar que tudo tenha sido uma sequência indesejada de decisões inevitáveis.
 Quatro anos depois, na posse de Lula, os que se disseram contramajoritários durante o governo conservador se tornaram contraminoritários! Paradoxal, não? Para conter a oposição supostamente minoritária, porque derrotada, os garantistas de ontem tratam, também, de acabar com garantias constitucionais. Profética, a estátua de Themis, em Brasília, não usa a balança da Justiça; carrega apenas espada e corta para um lado só.

TEXTO DO ROBERTO RACHEWSKY

A mulher do batom não é uma criminosa. Ela é apenas um estorvo que está sendo usada como bode expiatório. Foi escolhida para servir como vítima exemplar da tirania que tomou o país de assalto silenciosamente, como ocorre com os tsunamis.

Escrever naquela estátua preguiçosa, que guarda a justiça sentada, com vendas nos olhos e espada no colo, "Perdeu Mané", não é um ato de desrespeito. É um ato de indignação. Desrespeito é um agente da justiça dizer "Perdeu Mané, vê se não amola", para quem lhe paga os proventos.

Os poderosos de plantão têm mais medo do batom da cabelereira do que dos soldados e cabos das forças armadas brasileiras, armados com fuzis e balas de verdade. Por quê? Por razões óbvias.

A mulher do batom não está dominada, cooptada, submetida, comprometida com o arbítrio e tirania. Enquanto homens armados se acovardam e não enfrentam os tiranetes, uma mulher empunhando um batom é uma ameaça real ao regime.

A cabelereira mexe nas cabeças de Brasília no sentido literal e metafórico. Ela mostra para o povo silente o que significa ser destemido ou, no caso, destemida.

A manifestação de 8 de janeiro contou com quatro componentes:

Os baderneiros que foram para lá a mando do governo para promover memorável quebra-quebra para deslegitimar o movimento. Os inconformados pacíficos que foram para lá, trocando os quartéis militares pelos quartéis-generais do poder civil, para derrubar a ditadura escrevendo com batom uma frase peculiar. Os agentes públicos que instigaram o quebra-quebra com sua criminosa omissão.  E, finalmente, os agentes públicos que, à revelia da lei e da ordem, resolveram punir os que ousaram questionar o resultado das eleições, mais pelo fato de o vencedor ter sido um conhecido ex-presidiário, anistiado numa canetada injustificável, do que pelas urnas não serem confiáveis.

A mulher do batom foi quem pagou o pato e, junto com ela, centenas de outros brasileiros que nem mesmo um batom para pintar a estátua portavam. O batom foi apagado, como foi apagada a Justiça neste país roto e decadente. O que não será apagado é o brilho dos sorrisos sádicos, dos olhares ameaçadores dos psicopatas que tomam decisões arbitrárias, injustas a ponto de gerar indignação numa mulher com um batom.

















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