Jornalista Andrade Junior

sexta-feira, 16 de junho de 2017

Moro pode julgar Cabral, Palocci e Lula em junho

ParanáPortal

 Três dos processos mais importantes da Lava Jato no Paraná podem ser concluídos em junho. Pela ordem, o juiz Sérgio Moro deve dar sentenças ainda neste mês ao ex-governador do Rio Sérgio Cabral, ao ex-ministro Antonio Palocci e ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Cabral pode ser condenado ou absolvido por Moro a qualquer dia. Desde a última terça os autos estão à espera da sentença, já que todas as partes já entregaram suas alegações finais. O processo de Palocci entrará nesta mesma condição nesta quarta, quando vencem os prazos de entrega das alegações.
Quem talvez leve algum tempo para ser julgado é Lula. O prazo das alegações no processo do tríplex atribuí- do ao petista vence na terça-feira da semana que vem, dia 20. A conclusão pode até ficar para julho, a depender da velocidade – e das prioridades – de Moro, que já chegou a emitir uma sentença apenas três dias após as alegações finais. O magistrado não tem prazo limite para encerrar as ações.

Cabral

A eventual condenação de Moro é só uma fração dos problemas de Sérgio Cabral. Fração de um décimo, mais precisamente. Réu no Paraná, o ex-governador responde a outros nove processos na Justiça Federal do Rio, em diferentes fases de avanço.

Sob Moro, Cabral é acusado de receber R$ 2,7 milhões em propinas da Andrade Gutierrez por contratos do Comperj, obra da Petrobras. Nas alegações finais, a defesa não só negou a denúncia como rechaçou que Cabral tenha responsabilidade pela atual crise do Estado do Rio.

Palocci

O ex-ministro dos governos Lula e Dilma é acusado de ser o “Italiano” da planilha que controlava, segundo a delação da Odebrecht, todos os repasses feitos pela empreiteira ao PT. Neste processo, aliás, Palocci é réu ao lado de vários personagens que já fecharam a colaboração premiada: sete nomes ligados à Odebrecht, o casal de marqueteiros João Santana e Mônica Moura e os ex-dirigentes da Petrobras Eduardo Musa e da Sete Brasil João Ferraz.

Dos quatro réus restantes, pelo menos dois – o ex-diretor da Petrobras Renato Duque e Palocci – também tentam selar o acordo. Ou seja, é um processo em que quase nenhuma pena valerá na prática, já que os condenados terão os benefícios da delação.

Lula


O ex-presidente se aproxima da primeira sentença, mas é réu em outras quatro ações – uma das quais no Paraná – e deverá acumular um sexto processo em breve. Ele foi acusado em maio pelo caso do sítio de Atibaia, mas Moro ainda não acatou a denúncia, ato que inicia a tramitação da ação penal.

























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