MIRANDA SÁ
“O destino é o que embaralha as cartas, mas somos nós que jogamos” (Shakespeare)
Perde-se
em tempos imemoráveis o surgimento do baralho. Pesquisadores se
contradizem dizendo que as cartas nasceram ora na China, ou no Egito ou
no Oriente Próximo; mas uma coisa é certa: chegou à Europa no século XIV
e ali se popularizou com processos de impressão e fabricação de papel.
Em
Portugal foi criado o tipo que usamos no Brasil e espalhado pelo mundo
levado pelos navegadores portugueses fabricados na Impressão Régia Real,
por concessão à Fábrica de Cartas de Jogar de Lisboa.
Há
informações que os desenhos tradicionais das cartas são do pintor
francês Jacquemin Gringonneur, sob encomenda do rei Carlos VI de França.
Para quem gosta da História Política, Gringonneur teria desenhado as
cartas representando a sociedade francesa através de seus naipes, sendo
copas o clero; espadas a nobreza; paus os camponeses; ouros a burguesia.
São
52 cartas divididas em quatro naipes que incluem um ás, o símbolo do
naipe, um rei, uma rainha, e um valete. Alguns jogos aceitam a inclusão
de mais duas cartas, os “coringas”.
Além
dos diversos tipos de jogos de baralho, ele é usado com as cartas
espanholas do baralho cigano como uma diversificação do célebre Tarô, a
expressão advinhatória da magia judaica, a Cabala. É também empregado
para confecção de primitivos mapas astrológicos.
Na
política brasileira não tem Tarô nem baralho cigano que preveja o
futuro político do Brasil. As cartas comuns são mais usadas pelos
políticos, principalmente parlamentares, em jogos de azar,
principalmente o pôquer.
Aqui,
em vez de botar cartas para adivinhações, prefere-se as artimanhas, os
conchavos e a ‘aloprações’, esta última preferida pelos lulo-petistas;
até os defensores do ‘materialismo dialético’ do PCdoB, recorrem a
conspirações e tramas, abandonando o conceito marxista da “luta de
classes” …
Com
a astúcia e dissimulação da pelegagem, o lulo-petismo substituiu as
habituais mesas verdes dos cassinos pelas mesas vermelhas da sua
ideologia, no vício inveterado de trair a Pátria. É notório o jogo do
Partido dos Trabalhadores e da sua linha auxiliar de sicários para
servir aos desígnios narco-populistas do bolivarianismo.
Embaralhando
tudo, começou com o lulo-petismo a expropriação do patrimônio público
no Brasil. Foi assim que destruíram a icônica Petrobras, a empresa que
orgulhava os brasileiros, encontrando a melhor forma de acabar com o
monopólio estatal do petróleo, expropriando o seu capital em forma de
propinas.
Desmoralizaram
tanto a empresa (que foi a quarta do mundo do petróleo), que levaram os
patriotas a desejarem sua privatização para salvá-la do gangsterismo.
Em
boa hora, o País acordou. O povo se levantou e os poderes Judiciário e
Legislativo, ouvindo a voz rouca das ruas, iniciaram o processo de
impeachment para dar um fim no ilusionismo da falsa gerentona Dilma
Rousseff, maquiadora das contas públicas através de um crime de
responsabilidade contra a LRF.
Afastada,
Dilma continua a espernear empregando a diabólica versão de um “golpe”,
negando o rito traçado pelo STF e levado à Câmara Alta por 367 votos
dos deputados federais; e que sua continuidade recebeu a aprovação
majoritária na Comissão Especial do Senado.
Apoiada
no fanatismo cego dos asseclas, Dilma tenta reverter a situação
aplaudida pela ampla maioria dos cidadãos e cidadãs. Com isto, ela nos
leva à bela fantasia de Lewis Carroll, “Alice no País das Maravilhas”,
cuja personagem central nos dá um exemplo a seguir:
Desprezando
a Rainha de Copas, que ordenou a sua decapitação, Alice reverberou:
“Quem se importa com vocês?”, disse Alice. “Não são nada mais que um
baralho!”. Vamos seguir esta lucidez, parodiando o nosso epigrafado
Shakespeare: “A política embaralha as cartas, mas somos nós que jogamos”
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