Roberto Rachewsky
“O Estado sou Eu, e vocês pertencem ao Estado” é a frase mais curta a definir o que é a Venezuela de Chávez e Maduro.
Os déspotas não querem ser sócios da sociedade para criarem e compartilharem riqueza. Querem o monopólio do usufruto das riquezas nacionais existentes. A sociedade é escravagista. Chávez foi e Maduro é o amo, é quem manda.
A sociedade lhes deve obediência, servitude e gratidão. Como Cuba, como foram a China e a União Soviética por décadas e décadas, a Venezuela é campo de trabalhos forçados onde os recursos naturais, os meios de produção e a mão-de-obra são propriedade do Estado – logo, dele, o Eu que se confunde com o Estado, o tirano.
O que faz com que um único ser domine milhões? Da parte do dominador, ousadia, destemor, uma mente incapaz de conter caprichos e respeitar a realidade, a razão, a moral, a liberdade, a propriedade, a vida e a justiça, porque ele se vê como a fonte e o fim de tudo que existe no mundo.
O seu mundo. Da parte do dominado, submissão. Medo de sofrer sob a ira do ditador e seus agentes. Esperança de que um dia, por milagre, tudo mude. Determinismo místico ou cético, que faz com que os dominados acreditem que nasceram para isso e para isso acabarão morrendo, esquecendo-se de serem felizes.
Maduro e Lula, como foram Chávez e Fidel, Vargas e Perón, são desprovidos de limites morais. São figuras históricas que pertencem ao time dos que fazem o que tiver que ser feito para reinarem sem oposição. Nada criam, nada produzem; tudo que têm, tiveram ou terão é fruto do uso da coerção transformada em espoliação, que chamam de tributos ou imposto.
A imoralidade transformada em ação legal. Enquanto aceitarmos a imoralidade da violação de direitos em nome do bem-estar dos poderosos e da sua retórica fraudulenta e falaciosa do estado de bem-estar social, eles se manterão no poder até que o desespero torne os indivíduos bons seres ousados e destemidos, capazes de enxotar o tirano e as ideias que levaram ou levarão aquela sociedade ao colapso.
Entendam, cada um é dono da sua vida e de tudo aquilo que criar ou produzir por uma questão de justiça. Devemos ser guiados pela moralidade dos que criam e produzem, jamais pela imoralidade dos parasitas.
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