Roberto Rachewsky
A perversão completa. Eles, os que nos fazem sustentá-los à força, querem se proteger de nós; ao mesmo tempo em que nos deixam absolutamente à mercê deles.
Setor público, o governo e suas agências, deveriam ser absolutamente transparentes em tudo. Afinal, são públicos porque tudo que pensam, dizem e fazem são do interesse geral. Ou deveria ser. Setor privado, indivíduos ou empresas só interessam aos envolvidos, ou assim deveria.
Tudo que o governo produz deveria ser e estar aberto, exposto, transparente, com acesso garantido por lei ao público. Tudo que diz respeito ao indivíduo ou a empresas, deveria ser privado, ter o acesso restrito, protegido por lei, pelo governo e do governo.
Por que os ocupantes dos cargos públicos querem tornar suas ações privadas? Porque acham que são donos da coisa pública, que tratam como se fossem deles. Porque não querem ser importunados por aqueles que já foram ou serão espoliados. Porque querem o “dolce far niente” de uma vida repleta de bônus sem ônus algum. Uma vida sem lei que os alcancem.
Os fundos partidário e eleitoral eximem os políticos de terem contato com os eleitores para buscarem recursos para suas campanhas. O foro privilegiado protege quem o tem, transformando o público em clube privado, repleto de favores e proteções que só existiam nas cortes medievais.
O Brasil não é uma sociedade, é uma capitania hereditária que nada tem de república, de federação, de democracia. Aqui o público é privado e o privado é público. Ou seja, o que é nosso, de cada um, é deles. Se ainda não é, será. Se ficar, o bicho come. Se correr, o bicho pega.
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