Jornalista Andrade Junior

sexta-feira, 4 de junho de 2021

Brasil avança, apesar da revista The Economist

 Edilson Salgueiro, Revista Oeste


Na mesma semana em que economistas, analistas e agentes do mercado financeiro elevaram a projeção do Produto Interno Bruto (PIB) para acima de 4%, a revista britânica The Economist publicou uma edição especial sobre o Brasil — mais especificamente, tecendo uma série de críticas às políticas adotadas pelo presidente da República, Jair Bolsonaro.

Colunista de Oeste, Dagomir Marquezi criticou a abordagem do periódico inglês. “Mais uma matéria da imprensa internacional tratando o Brasil como uma espécie de inferno na Terra, um buraco de miséria e desespero, um sub-Haiti”, afirmou. “Quem faz a cabeça desses jornalistas?”, perguntou Marquezi.

Como em outras vezes que se referiu ao país, a revista traz na capa uma nova ilustração do Cristo Redentor. Desta vez, ele aparece respirando com uma máscara de oxigênio. A década sombria do Brasil, como é intitulada a matéria, descreve Jair Bolsonaro como um homem que quer “destruir as instituições, não reformá-las”.

De acordo com The Economist, o governo brasileiro abandonou a agenda liberal depois de ter aprovado a reforma da Previdência. Equivocam-se os britânicos: em dois anos de gestão, Jair Bolsonaro aprovou a MP da Liberdade Econômica, a independência do Banco Central e a Proposta de Emenda Constitucional (PEC) 186, do Novo Marco Fiscal. Medidas aprovadas, ressalte-se, num país historicamente assolado pelo estatismo.

A revista acerta, parcialmente, ao falar das décadas em que o Partido dos Trabalhadores (PT) esteve no poder. “Primeiro, eles cederam ao curto prazo e adiaram as reformas econômicas liberais”, diz o texto. “A culpa pertence principalmente ao PT, no comando do país entre 2003 e 2016. O partido estimava crescimento de 4% ao ano, mas não investia em aumento de produtividade. Quando os preços das commodities caíram, o Brasil enfrentou uma de suas piores recessões.”

O erro dos britânicos, contudo, foi não citar os escandalosos esquemas de corrupção orquestrados pelo Partido dos Trabalhadores, que legaram ao país não apenas recessão econômica, mas insegurança jurídica e sucateamento das instituições públicas. A tentativa de corromper parlamentares, como no caso do “mensalão”, e o saque obsceno à maior estatal do país, a Petrobras, são símbolos da selvageria a que o Brasil foi submetido.

Para colocar o país novamente nos trilhos da civilização, portanto, levará tempo. Tenha paciência, The Economist.














PUBLICADAEMhttp://rota2014.blogspot.com/2021/06/brasil-avanca-apesar-da-revista.html


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