Jornalista Andrade Junior

quarta-feira, 30 de dezembro de 2020

"A esquerda não vive sem hipocrisia (e censura)",

 diz Rodrigo Constantino

A marca da esquerda é a hipocrisia, o duplo padrão, o "faça o que eu digo, não o que eu faço". Não por acaso escrevi um livro todo só sobre esse fenômeno, o best-seller Esquerda Caviar. Tocou numa ferida, pois expôs toda essa contradição de quem vive para sinalizar (falsa) virtude, enquanto pratica algo totalmente distinto longe dos holofotes.


"A hipocrisia é a homenagem que o vício presta à virtude", resumiu La Rochefoucauld. Nessa pandemia a coisa ficou ainda pior. Ela rendeu a oportunidade perfeita para quem vive de bancar o bonzinho. O esforço é quase comovente: essa turma precisa o tempo todo encenar, posar de bom samaritano que sacrifica seus interesses em prol do coletivo, do outro. Tudo mais falso do que uma nota de três reais!


Só nessa semana tivemos três casos. O governador João Doria voltou a fechar bares e restaurantes, na véspera das festas natalinas e de fim de ano, aumentando as restrições com base na "ciência". Depois pegou o avião e se mandou para Miami, para curtir suas férias! Com a péssima repercussão após ser pego de calça curta, disse que voltou (mas ninguém viu) e fez um pedido de desculpa mais encenado ainda.


A médica Thelma Assis, por sua vez, fez fama no BBB e dinheiro em campanha para o governo de SP, mandando os outros ficarem em casa. Dizem que recebeu quase duzentos mil reais pelo vídeo, em que afirma estar há meses trancada em casa. Nesses dias ficamos sabendo que ela alugou junto com amigas, entre elas a atriz Bruna Marquezine, uma ilha particular para seu Revéillon, e num vídeo dá para vê-la ao lado das companheiras, sem máscara. Fique em casa você, que eu vou para uma ilha privada!


Por fim, o youtuber Felipe Neto foi pego batendo uma pelada com os amigos, e causou algum espanto ele ter amigos. Seus seguranças não foram capazes de impedir o registro das imagens, desta vez, e Rica Perrone colocou a boca no trombone e apontou a mentira do riquinho mimado. Sem muita alternativa, Felipe Neto "pediu desculpas" por esse "descuido", um caso "isolado", garante. O ministro das Comunicações do governo Bolsonaro, Fabio Faria, ironizou:


Você não erra jamais, cara! Todo mundo sabe que você jogou de máscara e passando álcool na bola e na trave sem parar. Foi a única vez que saiu de casa este ano e não tirou a máscara nem pra fazer refeições. Você é um exemplo pra sociedade e para as crianças.


Para as crianças certamente ele não é exemplo, mas para algumas "datilógrafas" sim, a ponto de ser convidado para um tradicional programa de entrevistas. Orgulhosa do feito, a âncora ainda colocou novamente em destaque o troço. Afinal, Felipe Neto pode ser um boboca, mas serve ao intuito de atacar o governo, não é mesmo?


E assim segue nossa esquerda, de mentira em mentira, de hipocrisia em hipocrisia, sempre tentando viver da imagem de abnegada. É a visão estética de mundo, onde aparências importam muito mais do que realidade.


Como as redes sociais furaram a bolha e não permitem mais o monopólio hegemônico da imprensa, para repetir como são pessoas maravilhosas esses esquerdistas, eles precisam nos calar. E é por isso que a tentativa de censura só aumenta nas redes sociais, com "cancelamentos" promovidos por inquisidores laranjas, com pressão nas próprias empresas para filtrarem conteúdo conservador etc.


No Youtube mesmo eu já tive duas "lives" canceladas, só por questionar a clarividência da OMS. Não pode desafiar a narrativa fabricada pelos globalistas, pelo visto. Fazer perguntas incômodas não é mais permitido. Mas enquanto houver algum espaço, lá estaremos os que não se curvam diante da patota, os que não aceitam censura, os que buscam a verdade e expõem a hipocrisia. Pai, afaste de mim esse cale-se!

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Gazeta do Povo


























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