MIRANDA SÁ
“A
revolução do futuro será o triunfo da moral sobre a política, e não a
manobra de se aproveitar dos outros em proveito próprio”.
O
povo na sua sabedoria usa o termo “político” como uma pessoa esperta
que tem a habilidade de relacionar-se com os outros para engana-los e
obter vantagens.
A
política, entretanto, é, na teoria, a arte ou ciência de governar e
responsável pela organização, direção e administração de nações ou
Estados. O verbete “Política” e dicionarizado como um substantivo
feminino originário do grego antigo, politikḗ, ciência dos negócios do
Estado.
A
política seria uma atividade destinada a guiar ou influenciar o modo de
governo, a organização de um partido, influir na opinião pública e
conquistar eleitores. Como é exercida por políticos, cabe a eles essas
tarefas. Por que o político (do grego politikós) ou estadista, é quem se
ocupa da política.
Segundo
Sócrates, político é um homem público que lida com a chamada “coisa
pública”. Segundo Platão, é o filiado a um partido ou a uma “ideologia
filosófica de conduta”.
Se
escolhido pela vontade do povo, o político deveria atuar como membro
ativo de um governo ou em oposição a ele, influenciando a maneira de
como a sociedade deve ser governada. Abrange também especialistas e
técnicos que ocupam cargos de decisão no governo.
Voltados
para a verdade histórica, é inegável que o mundo anda carente desses
representantes ou sub-representantes da sociedade. No Brasil de
antigamente tivemos nomes de alto valor, até entre os bacharéis filhos
de barões e depois dos coronéis, eleitos nas eleições de bico de pena…
Havia
idealismo e não vassalagem ao poder e as benesses que o poder oferece.
Hoje assistimos a corrida pelo dinheiro fácil da cooptação governamental
ou das propinas empresariais, que levam o político a vender sua
consciência e se corromper.
Seria
fastigioso enumerar no Brasil os políticos detentores de foro
privilegiado envolvidos em corrupção com denúncias acumuladas no STF,
reservo-me a enumerar, os senadores, por ordem alfabética:
Antônio
Anastasia, Benedito de Lira, Ciro Nogueira, Edison Lobão, Fernando
Collor de Mello, Garibaldi Alves, Gladson Cameli, Gleisi Hoffmann, José
Agripino, Lindbergh Farias, Renan Calheiros, Romero Jucá, Valdir Raupp,
além da ex-senadora Roseana Sarney e seu pai “Imortal”…
Graças
à patriótica Operação Lava Jato os corruptos vão caindo um a um como
moscas alvos de DDT. E além dos deputados que pululam como sanguessugas
na lama, ainda há governadores e ex-governadores às pencas.
É
triste constatarmos que o autor da frase “quem vota em bandido não é
eleitor, é cúmplice” está certo. Há uma espécie de gente, sobretudo
pessoas fáceis de persuadir que adotam de forma desprezível o culto da
personalidade, permitindo aos demagogos – camelôs do convencimento –
aproveitar-se disto, prendendo-a com as algemas do fanatismo…
Não
há exemplo mais do que perfeito nos adoradores de Lula da Silva,
corrupto e corruptor. É uma fração constituída de indivíduos patinando
no pântano do analfabetismo político, na cegueira cívica ou marchando
mercenariamente como chaleiras do Pelegão.
São
os chamados “lulopetistas”, que adoram ser enganados e têm o
atrevimento de se indispor com os que combatem a corrupção de seus
companheiros de partido que imagina subtraírem valores “em nome da
causa”.
O
filósofo Voltaire, lúcido, disse que “A política tem a sua fonte na
perversidade e não na grandeza do espírito humano”. Nós vemos isto
quando a política adentra nos tribunais…
EXTRAÍDADATRIBUNADAIMPRENSA
0 comments:
Postar um comentário