EDITORIAL ZERO HORA
ZERO HORA -
São irreversíveis os danos provocados pelos atrasos em obras decisivas para o êxito da Copa do Mundo no Brasil, como os que comprometem a ampliação do terminal de passageiros do Aeroporto Salgado Filho. São prejuízos que não devem ser medidos apenas pela contabilidade econômica, que afeta empresas de aviação, prestadores de serviço e passageiros. Há também um dano sério à imagem do país. O não cumprimento de cronogramas estabelecidos com boa antecedência expõe deficiências de gestão tanto do setor público quanto das empresas que assumiram o compromisso de tocar as obras. É desalentadora a informação divulgada por este jornal de que há certa displicência da empreiteira, que dispões de operários em número insuficiente e ainda enfrenta conflitos trabalhistas.
Projetos importantes para o sucesso da mobilidade urbana durante o Mundial não poderiam ter sido tratados com tanto descuido por parte dos governos e dos organismos diretamente envolvidos. No caso do aeroporto, fica evidente que a Infraero foi alertada, pelo ritmo da obra, que o planejado não seria cumprido. Chega-se agora, às vésperas do evento, à conclusão de que nenhuma medida será capaz de recuperar o tempo perdido. A ampliação do terminal não estará pronta até o início da Copa. Casos como esse são vergonhosos para o setor público, incapaz de fazer valer sua autoridade _ e suas atribuições _, e também para as empresas que não conseguiram dar conta da tarefa.
O exemplo do Salgado Filho soma-se a outros, nas mais variadas áreas, em que governos e empreiteiras tentam transferir responsabilidades. Há queixas de administrações locais contra a não liberação de verbas da União, desentendimentos causados por entraves burocráticos e alegações de conteúdo técnico. Com tantos atrasos em tantas frentes, não há como aceitar as desculpas com naturalidade. O que se denuncia, na maioria das obras fora do cronograma, é uma lamentável combinação de desleixo e ineficiência de todas as partes.
São irreversíveis os danos provocados pelos atrasos em obras decisivas para o êxito da Copa do Mundo no Brasil, como os que comprometem a ampliação do terminal de passageiros do Aeroporto Salgado Filho. São prejuízos que não devem ser medidos apenas pela contabilidade econômica, que afeta empresas de aviação, prestadores de serviço e passageiros. Há também um dano sério à imagem do país. O não cumprimento de cronogramas estabelecidos com boa antecedência expõe deficiências de gestão tanto do setor público quanto das empresas que assumiram o compromisso de tocar as obras. É desalentadora a informação divulgada por este jornal de que há certa displicência da empreiteira, que dispões de operários em número insuficiente e ainda enfrenta conflitos trabalhistas.
Projetos importantes para o sucesso da mobilidade urbana durante o Mundial não poderiam ter sido tratados com tanto descuido por parte dos governos e dos organismos diretamente envolvidos. No caso do aeroporto, fica evidente que a Infraero foi alertada, pelo ritmo da obra, que o planejado não seria cumprido. Chega-se agora, às vésperas do evento, à conclusão de que nenhuma medida será capaz de recuperar o tempo perdido. A ampliação do terminal não estará pronta até o início da Copa. Casos como esse são vergonhosos para o setor público, incapaz de fazer valer sua autoridade _ e suas atribuições _, e também para as empresas que não conseguiram dar conta da tarefa.
O exemplo do Salgado Filho soma-se a outros, nas mais variadas áreas, em que governos e empreiteiras tentam transferir responsabilidades. Há queixas de administrações locais contra a não liberação de verbas da União, desentendimentos causados por entraves burocráticos e alegações de conteúdo técnico. Com tantos atrasos em tantas frentes, não há como aceitar as desculpas com naturalidade. O que se denuncia, na maioria das obras fora do cronograma, é uma lamentável combinação de desleixo e ineficiência de todas as partes.
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