Os
acontecimentos revelados pela imprensa sobre malfeitos na Petrobras são
de tal gravidade que a própria titular da Presidência, arriscando-se a
ser tomada como má gestora, preferiu abrir o jogo e reconhecer que foi
dado um mau passo no caso da refinaria de Pasadena. Pior e fato único na
história da empresa: um poderoso diretor está preso sob suspeição de
lavagem de dinheiro.
Sendo
assim, mais do que nunca se impõe apurar os fatos. Embora, antes desse
desdobramento eu tivesse declarado que a apuração poderia ser feita por
mecanismos do Estado, creio que é o caso de ampliar a apuração. O
presidente do PSDB, senador Aécio Neves, conduzirá o tema, em nome do
partido, podendo mesmo requerer, com meu apoio, uma CPMI.
Afinal é
preciso saber por que só depois de tudo sabido foi demitido o
responsável pelo parecer que induziu a compra desastrada da refinaria
nos Estados Unidos e que relações havia entre o diretor demitido e o que
está preso. Afinal, trata-se da Petrobras, empresa símbolo de nossa
capacidade técnica e empresarial.
Fernando Henrique Cardoso
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